A Marisa anunciou que vai fechar 91 lojas. A medida faz parte de um plano de reestruturação da geração de caixa e rentabilidade da empresa.
De acordo com a administração da megaempresa, as unidades que deverão ser fechadas são consideradas deficitárias. A empresa já informou, por meio de mensagem aos acionistas, que 25 lojas já foram fechadas entre março e abril deste ano. Outras 26 deverão ser encerradas até o final de maio.
A Marisa também teria renegociado dívidas com 90 de seus fornecedores e 65% dos proprietários de imóveis. A dívida líquida da varejista é de mais de R$ 461 milhões. O balanço é do 1º trimestre de 2023.
O cenário macroeconômico adverso, as importações ilegais sem a tributação e as elevadas taxas de juros estão entre os fatores elencados para a medida.
O especialista Lawrence Santini Echenique, sócio-fundador da ASAP Documentos, integrante da Corpservices, que realiza assessoria paralegal de grandes empresas do varejo, conta que teve um aumento de cerca de 30% no número de fechamento de empresas atendidas entre janeiro e abril de 2023 em relação ao mesmo período no ano anterior. Echenique defende que um dos principais motivos para esse movimento são os juros altos e forte concorrência dos sites varejistas, inclusive os chineses, que têm trazido dificuldades para o setor.
“O fechamento de empresas em 2023 já era um fenômeno esperado pois com o aumento dos juros, o dinheiro acaba ficando mais caro. Nesse processo, o varejo e comércio estão sendo os setores mais atingidos. Especificamente em relação ao varejo, como a maioria das empresas vende a prazo, com os juros mais altos, as parcelas acabam ficando mais elevadas, o que “espanta” os consumidores. Além disso, a pandemia forçou muitas pessoas a mudarem seus hábitos de consumo, incluindo uma mudança para compras online. Os varejistas tiveram que se adaptar rapidamente a essas mudanças para atender as novas necessidades dos consumidores. A pandemia também aumentou os custos para os varejistas, incluindo custos de transporte e armazenamento, impactando diretamente as empresas. Além do mais, a forte concorrência dos sites chineses acentuou ainda mais as dificuldades já enfrentadas”, diz.
Balanço
Segundo a companhia, no primeiro trimestre do ano, houve crescimento de 1,3% na receita líquida da operação varejo em comparação com o mesmo período do ano passado. O alcance foi de R$ 440,5 milhões. Ainda segundo a empresa, houve crescimento de 5% no faturamento das lojas físicas mesmo com fechamento de 14 lojas entre dezembro do ano passado e março deste ano.
Por outro lado, a empresa enfrentou queda de 32,5% no faturamento das vendas pelo canal digital, com receita bruta de R$ 43,1 milhões, entre janeiro e março de 2023. No primeiro trimestre de 2022 foram R$ 63,8 milhões.
O prejuízo líquido foi de R$ 148,9 milhões, um aumento de 64,2% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
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