O presidente do grupo audiovisual britânico BBC, Richard Sharp, renunciou nesta sexta-feira, 28, após um relatório ter concluído que ele violou as regras sobre nomeações públicas ao facilitar um empréstimo ao ex-primeiro-ministro Boris Johnson, quem o nomeou para o cargo.
Um relatório independente publicado nesta sexta-feira afirma que Sharp, um ex-executivo do setor bancário que assumiu o comando da BBC em 2021, violou as regras ao não relatar que havia auxiliado Johnson a obter um empréstimo de 800 mil libras (quase R$ 5 milhões).
Sharp, de 67 anos, foi nomeado pouco depois da concessão do empréstimo para comandar a corporação pública de rádio e televisão. "O relatório conclui que violei o código de governança para nomeações públicas, mas que esta violação não invalida necessariamente a nomeação", explicou Sharp no comunicado sobre a renúncia.
O ex-banqueiro, que assegura ter violado as regras de maneira "involuntária", considerou, no entanto, necessário afastar-se para priorizar "os interesses da BBC". Caso contrário, poderia tornar-se uma "distração" para o bom trabalho do gigante audiovisual.
A ministra da Cultura, Lucy Fraser, afirmou entender e respeitar a decisão. Ela agradeceu a Sharp por seu trabalho como presidente da BBC.
Enquanto o consideravam para o cargo na BBC, no fim de 2020, Sharp era assessor do Ministério da Economia e colocou o amigo Sam Blyth, um primo distante de Boris Johnson, em contato com o chefe dos funcionários, Simon Case, que queria ajudá-lo nas suas notórias dificuldades financeiras.
Em seu comunicado, Sharp admite que se tratou de um fato que "ignorou" ao declarar eventuais conflitos de interesses. O ex-banqueiro nega que obteve o cargo como contrapartida por ajudar Johnson.
"Deveria ter declarado que havia esta problemática relação financeira com o então primeiro-ministro", disse Lucy Powell, do Partido Trabalhista, da oposição. O assunto trouxe um "dano incalculável" para a imagem da BBC, lamentou.
Sob holofotes
Sharp, que também foi chefe do atual primeiro-ministro Rishi Sunak, quando trabalhavam na Goldman Sachs, esteve sob os holofotes por seus vínculos com o Partido Conservador.
Esta proximidade foi levantada pelos críticos quando a BBC decidiu suspender, no mês passado, o célebre apresentador Gary Lineker, após declarações nas quais comparou a retórica migratória do governo com a da época nazista.
A instituição inevitável do cenário audiovisual britânico completou 100 anos em outubro de 2022, afetada pela concorrência das plataformas de streaming e assinatura, além das ameaças ao seu financiamento público.
A BBC também foi criticada nos últimos anos pelos conservadores, que governam o país, que acusam o grupo de fazer uma cobertura tendenciosa - especialmente do Brexit - e de priorizar as preocupações das elites urbanas, em vez das preocupações das classes populares.
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