A Interação da Luz e das Cores

A iluminação artificial é uma ferramenta versátil que pode ser utilizada para transformar um espaço. Pode ser usada em áreas públicas para aprimorar produções de performance e adoração ou em estabelecimentos privados como soluções de iluminação funcional ou decorativa. Uma pesquisa com profissionais de iluminação concluiu que a cor é uma consideração crítica em todas as aplicações de iluminação e que geralmente é mais importante que a eficácia da luz. Por que é isso? Semelhante à maneira como a cor física influencia a psicologia, a cor da iluminação também tem um efeito fisiológico nos seres humanos.

Embora muitas pessoas reconheçam que a cor em nossa vida cotidiana apenas, como pintura de parede e decoração, ela exerce uma influência psicológica em nosso humor e alguns podem não perceber o quanto a cor da iluminação afeta nossa saúde. Padrões previsíveis de luz natural têm desempenhado um papel importante na regulação dos ritmos circadianos intrínsecos. A exposição programada aos ciclos ambientais de luz e escuridão ajuda a regular tudo, desde a expressão gênica e função celular até a secreção hormonal e o comportamento do sono. No entanto, a luz artificial, no entanto, cria uma exposição não regulamentada que pode atrapalhar esses sistemas.



A luz aberrante, como a luz eletrônica, é uma intrusão quase constante em nossas vidas. O nível de luz e a duração da exposição podem afetar o corpo de várias maneiras, inclusive estimulando o sistema circadiano e suprimindo a excreção de melatonina. Embora toda a luz nos afete, os comprimentos de onda da iluminação colorida podem impactar nossos sistemas psicológicos e fisiológicos de várias maneiras.

É importante que você entenda a importância das cores na iluminação e seja proativo no gerenciamento da maneira como as pessoas são expostas à iluminação.

Acredito que qualquer cliente que esteja considerando um novo projeto de iluminação deve aumentar seu conhecimento sobre as propriedades da luz colorida, seu efeito na fisiologia humana e maneiras pelas quais ela pode ser integrada de maneira responsável em um espaço designado.



A mistura de cores na luz pode ser aditiva ou subtrativa. Comprimentos de onda de luz individuais são processados ​​através de cones (células) dentro do olho. À medida que vários comprimentos de onda entram no olho, eles são processados ​​por meio de mistura aditiva. Os cones combinam, por exemplo, as cores primárias de azul e amarelo para formar verde. Na mistura de cores subtrativa, os filtros coloridos apenas permitem comprimentos de onda menos intensos de suas próprias cores primárias, reduzindo a saída da fonte.

O branco, cinza e preto por sua vez não possuem saturação ou matiz e são consideradas cores acromáticas. Os três atributos da cor; matiz, saturação e luminosidade, são encontrados em cores caracterizadas como cromáticas. Já as cores primárias são aquelas que não podem ser derivadas de outra cor e as cores secundárias são misturas de duas cores primárias. As cores complementares são duas cores que, quando combinadas, produzem luz preta ou branca.

A modificação de cor ocorre quando uma superfície colorida é atingida por uma luz de cor diferente. Dependendo da cor da superfície, ele filtrará seletivamente os comprimentos de onda da luz e refletirá os outros.

Os comprimentos de onda das cores interagem com as cores circundantes, acessando ou retrocedendo. Dependendo do contraste ou das cores complementares presentes, nossos olhos perceberão essas cores de maneira diferente.

Quando os níveis de luz permanecem constantes por períodos prolongados, a retina pode ficar fatigada. De repente, aumentar a intensidade da luz pode causar imparidade visual.

A retina também pode sentir fadiga quando cores contrastantes intensas se seguem, fazendo com que alguns cones dentro do olho se tornem mais responsivos que outros.

Uma imagem posterior também pode aparecer, especialmente nos casos em que a fadiga da cor se instalou. O olho ainda percebe essa imagem, às vezes como uma cor complementar, mesmo que a fonte esteja ausente. Quando você fica olhando muito tempo um foco de luz e fecha os olhos, você ainda é capaz de ver a mesma imagem gravada.

Conclui-se que ao projetar iluminação, é importante considerar como o uso da luz colorida afetará aqueles expostos a ela por períodos variáveis. Compreender não apenas a cor que eles estão vendo, mas também como os cones sensíveis aos olhos processam essa luz, é fundamental para atender às necessidades de observação. Com esse conhecimento, você pode descobrir como esses tipos de luzes colorida afetam a psicologia daqueles que a visualizam e não só criar um ambiente belo, mas principalmente, confortável.