Investir no crescimento

A infraestrutura brasileira encolheu nos últimos dois anos o equivalente a cerca de R$ 40 bilhões. Os investimentos tanto públicos quanto privados também vêm caindo. O pouco que se investe não basta para compensar a depreciação da infraestrutura que já existe. Estamos perdendo nossa capacidade.

É o sinal claro de que precisamos urgentemente pensar mais na infraestrutura brasileira. Em um momento de retomada extremamente tímida da economia brasileira, priorizar estes investimentos é positivo. Este investimento na infraestrutura gera empregos. A relação entre o investimento e a geração de empregos é uma das mais positivas que podemos ter.

Os equipamentos brasileiros de infraestrutura se desgastaram, perderam valor: eram 36,2% do PIB em 2016 e devem fechar 2018 em 35,6% do PIB. Nesse ritmo, o Brasil conseguiria prover infraestrutura básica para toda a população apenas no ano 2076.

Faz falta investir. O brasileiro sente no bolso a pouca preocupação com este assunto. No caso do setor agropecuário, por exemplo, logística e infraestrutura são dois grandes gargalos. Têm os custos elevados por problemas fora das porteiras das fazendas. Dentro das porteiras, a capacidade de produção vem crescendo.

Contudo, apesar do agronegócio ter se desenvolvido muito, esses gargalos se tornaram inimigos do produtor rural. A falta de portos, ferrovias, hidrovias e a situação precária de muitas rodovias e o fato de o País ser um grande exportador de commodities, fazem com que os custos com o transporte se agravem.

Novas estratégias são necessárias para a recuperação do crescimento, sob pena das oportunidades de o Brasil no exterior serem afetadas.

Precisamos de planejamento já!

Arnaldo Calil Pereira Jardim é engenheiro civil e político brasileiro, filiado ao PPS (Partido Popular Socialista)

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