A Fagulha

Conexões entre COVID-19, racismo e marcas agindo para defender a igualdade. Por Marcelo Moraes, convidado especial de Negócios & Carreiras.

A Fagulha  - Imagem: Internet
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Entre todas as novas rotinas e tarefas que as pessoas e as empresas têm feito durante a crise atual, uma delas parece ser a favorita de todos: prever o futuro pós COVID-19.

E, embora nada ainda esteja claro, uma tendência vem surgindo entre marcas de diferentes países e setores: elas parecem perceber que não há espaço para a neutralidade quando se trata de qualquer forma de preconceito ou desigualdade social.

Essa consciência social foi alimentada pela primeira vez quando as marcas perceberam que o novo coronavírus é um desafio para toda a humanidade e contribuíram para apoiar governos, instituições e pessoas, emocionalmente e com seus recursos e habilidades, ajudando todos a lidar com quarentenas e lockdowns em diferentes partes do mundo.

E o brutal assassinato de George Floyd, um negro morto por policiais em Minnesota, EUA, levou as marcas a tomar uma posição clara e a dizer em voz alta que não ficarão caladas enquanto o racismo, a misoginia ou qualquer outra forma de preconceito continuar prejudicando - e acabando com - a vida de diferente pessoas.

A Fagulha  - Marcelo Moraes atua há mais de 20 anos na área de marketing. Em sua última experiência no Brasil ocupou a cadeira de Diretor de Marketing do Grupo Estado e atualmente especializa-se em Estratégia de Conteúdo no Canadá. Foto: Arquivo pessoal
Marcelo Moraes atua há mais de 20 anos na área de marketing. Em sua última experiência no Brasil ocupou a cadeira de Diretor de Marketing do Grupo Estado e atualmente especializa-se em Estratégia de Conteúdo no Canadá. Foto: Arquivo pessoal


Naturalmente, para marcas como a fabricante de sorvetes Ben & Jerry's ou Nike, a consciência social - e ações para apoiar as causas que defendem - não é algo novo. Mas essas marcas eram exceções.

Portanto, desde campanhas em redes sociais de grandes marcas como McDonalds e a já mencionada Nike até a renúncia do CEO de uma empresa de serviços financeiros de Toronto depois de chamar o movimento social Black Lives Matter de "organização terrorista", as empresas perceberam que o silêncio não é uma opção, como a Ben & Jerry's diz em uma declaração publicada recentemente em seu site.

O que vemos agora é algo sem precedentes, extremamente positivo para a sociedade e a coisa certa a ser feita para empresas e marcas que entendem sua responsabilidade social.

Além disso, os consumidores esperam que as marcas os representem e resolvam problemas sociais, de acordo com um estudo anual feito pela empresa de PR Edelman, o Edelman Trust Barometer de 2019.

Bem-vindo ao novo mundo.

Artigo especial redigido em português pelo Executivo de Marketing Marcelo Moraes, a convite da Coluna Negócios & Carreiras, diretamente do Canadá.

Originalmente publicado em inglês no blog n.a.k.e.d. b.r.a.n.d.s.

https://nakedbrandsca.wordpress.com/

 

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