Desenvolvimento do metaverso promete mudar panorama da tecnologia e estabelecer tendências no setor

Com a popularização do conceito de metaverso, tecnologias como simulação 3D, internet banking, streaming e cibersegurança já começam a planejar o futuro

Desenvolvimento do metaverso promete mudar panorama da tecnologia e estabelecer tendências no setor -


Foto: Pexels


 Recentemente, a palavra “metaverso” tomou conta de noticiários e conversas sobre tecnologia e redes sociais. Entretanto, apesar dessa popularidade, o grande público ainda conhece pouco sobre esse conceito e como ele influenciará a vida de todos e a tecnologia em geral nos próximos anos. 

"O metaverso será um complemento da internet, possibilitando uma rede de simulações e mundos 3D renderizados em tempo real e que permitem que o usuário tenha sua identidade, objetos, realize pagamentos, estude, trabalhe e muito mais, tudo isso de forma sincronizada e com número ilimitado de usuários ao seu lado, cada um com sua sensação de presença”, afirma Helder Ferrão, gerente de marketing de indústrias da Akamai Technologies na América Latina. 

Desenvolvimento do metaverso promete mudar panorama da tecnologia e estabelecer tendências no setor -


Helder Ferrão, gerente de marketing de indústrias da Akamai Technologies na América Latina. Foto: Divulgação.


Obviamente, como em todo avanço tecnológico, o metaverso expandirá o cenário de ameaças virtuais e trará desafios relacionados a malware, segurança DNS, encriptação, segurança API, dentre outros. É importante que as empresas de tecnologia e cibersegurança comecem a se planejar desde já para lidar com o futuro”. 

 Mas o que é metaverso?

Metaverso é um termo que ficou em alta em 2021 quando o Facebook afirmou que pretende se tornar uma empresa de metaverso em até 5 anos. Ele começou a ser usado na década de 90 e sempre esteve muito presente no mundo dos games. Basicamente, a ideia se refere à possibilidade de imersão em realidades paralelas virtuais. O metaverso não é a real, mas conta com estruturas tecnológicas reais para simular realidades. Nessas realidades, as pessoas poderão interagir entre si e simular quase todos os aspectos da vida real como trabalhar, estudar, comprar e se divertir.

 Quais segmentos serão mais influenciados pelo metaverso? 

Os segmentos de games, realidade aumentada, realidade virtual, redes sociais e criptomoedas são alguns exemplos de segmentos que passarão por grandes transformações. Especialmente no mundo dos games, o metaverso já estava presente em diversos jogos, ainda que de forma embrionária devido às limitações tecnológicas. Por causa desse pioneirismo, os games servem de inspiração para outras indústrias que queiram entender e investir no desenvolvimento de metaversos.

A indústria de games tende a focar especialmente em 4 aspectos dos problemas de cibersegurança: Acesso a contas de usuários, roubo de propriedade intelectual e exportação de dados sensíveis, trapaças e hacks em jogos e ameaças por tempo de atividade (DDos, por exemplo). 

Segundo dados da Akamai, que lida globalmente com cibersegurança e entrega de conteúdos, criminosos virtuais estão cada vez mais focados na indústria de games, já que os jogadores frequentemente realizam transações financeiras e possuem dinheiro nas contas de seus games. 

Ainda de acordo com a Akamai, para se ter noção da importância dessa indústria, downloads feitos em videogames e atualizações de consoles contribuíram para um pico de aumento no tráfego global de 125% além da média durante o dia do Natal. Um número surpreendente e que chama a atenção de vários outros segmentos.

 Como o metaverso ditará as tendências do setor de tecnologia?

Primeiramente, para que a experiência de integração entre os metaversos seja a mais completa possível, as plataformas que os abrigarão devem ser compatíveis entre si. Por exemplo, o Facebook e o Whatsapp devem ser compatíveis com outras plataformas que o usuário venha a utilizar, maximizando a experiência virtual. Logo, a primeira tendência é que as empresas invistam cada vez mais na máxima integração possível entre apps, sites e outras plataformas.

Além disso, plataformas que permitem a reunião de usuários devem ganhar destaque, já que no metaverso será possível estudar, trabalhar e se divertir de forma 100% virtual, tendo a companhia de outros usuários e simulando experiências reais. O metaverso também contribuirá para o crescimento do trabalho remoto no pós-pandemia.

Outra tendência observada será o aumento de pagamentos online com moedas virtuais, as chamadas criptomoedas. Essa tendência dinamizará ainda mais as compras online e especialmente os e-commerces, já que os usuários poderão consumir de forma conjunta músicas, filmes, séries e outros conteúdos disponíveis em serviços de streaming, além de comprar presentes para outros usuários e emprestar entre si itens como e-books e roupas para os avatares.

Na visão de Ferrão a rotina de um usuário no metaverso será dinâmica. “Uma pessoa que tem um avatar poderá assistir a um jogo de futebol no estádio, comprar uma camiseta do seu time de coração para seu avatar e para o avatar de outro usuário e pagará por tudo com suas criptomoedas. Isso é só um exemplo, as possibilidades são tão numerosas e promissoras que não é possível prevê-las de imediato, mas é possível se preparar para recebê-las da melhor forma”, diz ele.

É visível como o metaverso é promissor e pode revolucionar o modo como as pessoas interagem fisicamente e virtualmente. Nos próximos anos, a indústria de tecnologia deve acompanhar esse movimento e novas soluções para vários nichos de mercado - e claro, de cibersegurança - com certeza serão desenvolvidas, seja para computadores, celulares, videogames e outros dispositivos que dependem da internet.

Matéria: Vítor Risso - Sherlock Communications



Ricardo Quarenghi: Apresentador e editor-chefe do programa e coluna Líder S/A no SBT, é um empreendedor desde os 22 anos. Entusiasta e participante ativo do universo das startups, através de diversas frentes, está envolvido com várias iniciativas no setor em todo Brasil, inclusive como partner no BR Angels Invest. Fundador e CEO da Consultoria Marston Human Resources e da MR1 Corp, ambas com sedes São Paulo-SP e Curitiba-PR, possui diversos clientes na lista das maiores e melhores empresas do Brasil, pelas principais publicações especializadas. É também embaixador da agência espacial NASA no país, além de âncora e editor-chefe do programa Papo com Música na rádio UniFM 94.5. Siga no Instagram: @ricardo.bmq | @lider.sbt

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