Protocolos de segurança digital devem ser redobrados na Black Friday 2020

Comércio eletrônico brasileiro deve movimentar R$ 3,45 bilhões; empresas precisam estar adequadas para evitar golpes eletrônicos e vazamento de dados

Protocolos de segurança digital devem ser redobrados na Black Friday 2020 -


Artigos de informática, celulares, roupas e produtos de decoração devem ser os itens com maior procura. Créditos: iStock Photo

A Black Friday 2020 deve superar todos os marcos anteriores em número de vendas online. A estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) aponta para um crescimento de 18% no volume de compras em comparação com o ano passado. O especialista em Segurança da Informação, Mario Toews, da Datalege Consultoria Empresarial, alerta que mesmo com a expectativa positiva em torno da data, boa parte das empresas ainda não está preparada para evitar problemas envolvendo golpes eletrônicos e vazamento de dados, situações que possam colocar em risco a credibilidade e a imagem da instituição.

 Toews explica que, no mesmo ritmo que cresceu o volume de negócios pela internet ao longo de todo o ano de 2020, aumentou também o número de crimes virtuais. De acordo com um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as tentativas de fraude financeiras cresceram 80% durante a pandemia de Covid-19. “A internet ganhou um espaço ainda maior este ano na vida dos brasileiros. As pessoas foram obrigadas a permanecer mais tempo em casa e tudo passou a ser feio pelo ambiente digital. O trabalho, os estudos, as compras e as formas de entretenimento. Com isso, aumentaram também as oportunidades para os criminosos, que estão cada vez mais inovadores na hora da abordagem”, analisa.

O especialista ressalta que muitas empresas precisaram se adaptar rapidamente em meio à pandemia para continuar existindo e faturando. “Nesse processo, nem sempre os protocolos de segurança foram bem estruturados e agora, com a aproximação da Black Friday e do Natal, isso pode ser evidenciado”, pontua.

 PREVISÃO

A previsão da ABComm é que o comércio eletrônico brasileiro fature R$ 3,45 bilhões apenas com as promoções da Black Friday. Artigos de informática, celulares, roupas e produtos de decoração devem ser os itens com maior procura. “Os shoppings ficaram fechados por vários meses e muitas lojas acabaram improvisando plataformas de vendas nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens. Mas esses espaços virtuais precisam estar protegidos, inclusive para proteger os dados pessoais dos clientes e a imagem da loja”, enfatiza.

Toews lembra que um site seguro é fator fundamental para obter a fidelidade de novos clientes e preservar os antigos. “Além de ser uma necessidade para a sobrevivência do negócio, hoje é uma exigência legal. Toda empresa que tenha acesso aos dados pessoais de clientes, fornecedores e colaboradores precisa estar em conformidade com as novas diretrizes da legislação”, comenta, referindo-se à Lei Geral de Proteção de Dados que entrou em vigor em setembro desde ano e prevê multas pesadas para as empresas que não estiverem adequadas.



Ricardo Quarenghi: Apresentador e Editor-chefe Programa e Coluna Líder S/A no SBT, é um empreendedor desde os 22 anos. Fundador e Diretor da Consultoria Marston Human Resources e Cofundador da plataforma Niara: Conexões Humanas, possui diversos clientes na lista das maiores e melhores empresas do Brasil. É também Embaixador da Agência Espacial Nasa no Brasil.

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