CRIME AMBIENTAL
Casal é detido e multado por manter macacos em cativeiro
Animais seriam vendidos em São Paulo, mas foram resgatados a tempo

Um barbeiro de 24 anos e uma cabeleireira de 30 foram multados nesta quinta-feira (30) pela Polícia Ambiental por manter dois macacos-prego em cativeiro na região. A ocorrência aconteceu no bairro Silvares, em Birigui (SP).
Segundo a polícia, a Justiça emitiu mandados de busca após denúncia de que os animais estariam vivendo em cativeiro na casa do casal. Ao chegar no local, os policiais foram recebidos pela cabeleireira e os animais foram encontrados.
Os macacos estavam vivendo na casa sem autorização do órgão ambiental competente, em um viveiro inadequado, menor que o recomendado, além de não ter sido encontrada comida e água nas vasilhas disponíveis.
Ainda segundo a polícia, os animais estavam agitados e estressados, "evidenciando que tinham sido capturados há pouco tempo".
De acordo com investigações feitas pela polícia, os animais são capturados nas matas de Araçatuba e região, como Mata dos Macacos, mata da Unesp (Odontologia) e mata do antigo Country Club.
REINCIDENTES
A polícia constatou que já foram elaborados quatro boletins de ocorrência anteriores, já que o casal foi surpreendido transportando macacos em São José do Rio Preto, Bauru, Botucatu e Birigui. Os animais eram levados para venda em São Paulo.
Como a irregularidade foi constatada, os policiais lavraram quatro autuações ambientais, sendo duas simples por ter em cativeiro animais silvestres, no valor de R$ 1 mil cada e duas simples no valor de R$ 6.000,00 cada, “por praticar atos de maus tratos a animais silvestres”. O total de multas aplicadas foi de R$ 14 mil.
Durante depoimento, já na delegacia, a mulher afirmou que o marido havia comprado os animais pela internet e que iria revendê-los em São Paulo. Disse, também, que o marido já foi detido pelo mesmo crime anteriormente e que havia parado de capturá-los. O casal pode responder por tráfico de animais.
Após o resgate, os macacos foram encaminhados para a Unesp Veterinária de Araçatuba e, após serem examinados, seriam soltos em habitat natural.