Chega a oito o número de macacos com sinais de intoxicação resgatados em Rio Preto

Quatro dos animais, da espécie saguis-de-tufos-pretos,não resistiram às agressões

Chega a oito o número de macacos com sinais de intoxicação resgatados em Rio Preto  - Reprodução/ Centro de Zoonoses/ Prefeitura de Rio Preto


O Zoológico de São José do Rio Preto (SP) recebeu, no fim da tarde da última quinta-feira (4), mais um sagui-de-tufos-pretos, com sinais de intoxicação. A instituição soma quatro animais da espécie acolhidos nesta semana, todos provenientes do Parque Ecológico Sul. Eles tinham sinais de intoxicação e não resistiram às agressões.


Já os três macacos-prego resgatados na Mata dos Macacos estão estáveis. Um deles teve o fêmur fraturado e passou por cirurgia ontem. Agora, passa por exames clínicos para avaliar a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica. 

Casos de animais intoxicados

- 4 macacos-prego, da Mata dos Macacos. Um filhote foi encontrado morto no local. Três foram levados ao zoológico (dois no dia 3/8 e um em 4/8) e estão estáveis. 

- 4 saguis-de-tufos-pretos, provenientes do Parque Ecológico Sul, dois na quarta (3) e dois na quinta-feira (4). Nenhum deles resistiu. 

Resgate

Na quarta-feira (3), uma ação conjunta da Polícia Ambiental com os profissionais do Zoológico Municipal, resgatou dois animais com sinais de intoxicação e agressões, em uma área conhecida como “Mata dos Macacos”, na cidade. Uma armadilha também foi encontrada.

A polícia suspeita de tráfico de animais e também de atentados relacionados aos recentes casos de Monkeypox confirmados no município.

Informação

A Coordenadora em Vigilância em Saúde de Rio Preto, Andreia Negri, divulgou um vídeo, por meio das redes sociais da Prefeitura, ressaltando a população que o vírus Monkeypox é transmitido de pessoa para pessoa. A doença é chamada “varíola dos macacos” porque se origina na descoberta inicial do vírus em macacos em 1958.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria. Desta forma, o nome "varíola dos macacos" diz respeito somente à primeira identificação e não a transmissão atual que é entre humanos somente.

“Hoje essa transmissão da doença não se dá entre macacos para humanos, mas em humanos. É uma transmissão que acontece de pessoa para pessoa, por contato íntimo, muito próximo, contato sexual e contato com as lesões. Ou seja, o macaco não está envolvido nessa cadeia de contaminação. Então, pedimos que a população não faça nada contra esses animais. Eles estão na natureza, em seu habitat natural e não são os transmissores da doença”, ressaltou.

Assista o vídeo completo: