Com troca de Alonso, grid da Fórmula 1 tem 5 vagas em aberto para 2023

Uma saída antecipada de Daniel Ricciardo voltaria a embaralhar as cadeiras, permitindo novas surpresas no noticiário da Fórmula 1

Com troca de Alonso, grid da Fórmula 1 tem 5 vagas em aberto para 2023 - Reprodução/Instagram


A "danças das cadeiras" na Fórmula 1 começou mais cedo nesta temporada. A troca de Sebastian Vettel por Fernando Alonso na Aston Martin para 2023 antecipou as especulações e os rumores sobre como ficará o grid da categoria para o próximo ano. No momento, cinco vagas estão em aberto no campeonato, todas entre as equipes medianas e pequenas.


A movimentação foi aberta na semana passada. Dono de quatro títulos mundiais, Vettel surpreendeu ao anunciar sua aposentadoria da F-1 no fim do ano. Até então, veículos especializados já davam como certa sua renovação com a Aston Martin. Declarações recentes do alemão também indicavam sua permanência na F-1.

O anúncio de Vettel na quinta foi complementado por outra notícia inesperada, nesta segunda-feira. Alonso será seu substituto na Aston Martin. Novamente, declarações recentes direcionaram a imprensa especializada a crer numa renovação quase automática do bicampeão mundial com a Alpine, equipe pela qual tem se destacado neste ano.

Estas mudanças bagunçaram as especulações e colocaram sob os holofotes três candidatos a virarem estreantes na F-1 em 2023: o australiano Oscar Piastri e o americano Logan Sargeant, ambos de 21 anos, e o holandês Nyck de Vries, quase um veterano, de 27 anos. O trio está de olho em cinco vagas que ainda estão em aberto para 2023.

Na prática, os cinco assentos no grid se tornam apenas quatro porque um deles é do canadense Lance Stroll. Sem contrato com a Aston Martin para 2023, Lance é filho do dono do time, Lawrence Stroll. Portanto, é improvável que deixe a F-1 na próxima temporada, apesar dos resultados irregulares.

Os demais pilotos sem contrato são o chinês Zhou Guanyu (Alfa Romeo), o japonês Yuki Tsunoda (AlphaTauri), o canadense Nicholas Latifi (Williams) e o alemão Mick Schumacher (Haas). Deste quarteto, os que têm menos chance de seguir na F-1 são Tsunoda e Latifi, pelas fracas performances e pelos seguidos erros.

Latifi chegou a correr risco de deixar a categoria antes mesmo da metade do campeonato. Piastri e Sargeant são os fortes candidatos a ficar com esta vaga para 2023. Antes do acerto de Alonso com a Alpine, era quase certa a entrada do campeão da Fórmula 2 do ano passado na Williams, apesar das funções de Piastri como piloto reserva da Alpine.

Com a saída de Alonso, o australiano pode surgir como titular do time francês, formando dupla com Esteban Ocon em 2023. Piastri e Sargeant, terceiro colocado na F-2 atual, são candidatos também à vaga de Tsunoda na AlphaTauri. Guanyu, sem vaga para o próximo ano, vem ganhando elogios na Alfa Romeo e tem boas chances de renovar seu contrato. Na Haas, o filho de Michael Schumacher pode seguir como titular por contar com o forte respaldo da Ferrari, equipe parceira da Haas.

Mas tudo isso pode mudar diante de uma possibilidade remota, porém corroborada pela chefia da McLaren nas últimas semanas. Em entrevista recente, Zak Brown revelou que há mecanismos no contrato de Daniel Ricciardo que poderia permitir a saída do australiano ao fim deste ano. Ele tem vínculo até o fim de 2023.

Ricciardo não vem agradando ao tradicional time britânico de pode perder a vaga se não reagir no segundo semestre do campeonato, que será retomado no fim de agosto, com o GP da Bélgica. Uma saída antecipada do piloto australiano voltaria a embaralhar as cadeiras, permitindo novas surpresas no noticiário da Fórmula 1.