Dengue tipo 3 volta a circular em Presidente Prudente após 17 anos

Confirmação do caso reacende alerta para os riscos de reinfecção e formas graves da doença

Dengue tipo 3 volta a circular em Presidente Prudente após 17 anos - Imagem Ilustrativa


A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), confirmou nesta terça-feira (27) a reintrodução da dengue tipo 3 (DENV-3) em Presidente Prudente. O caso foi identificado em uma paciente de 46 anos, já recuperada, após resultado de sorotipagem feito pelo Instituto Adolfo Lutz. A amostra havia sido coletada em março deste ano.


Este é o primeiro registro do DENV-3 no município desde 2007, quando 243 pessoas foram infectadas por esse sorotipo. Com a nova confirmação, aumenta a preocupação dos profissionais da saúde, já que Presidente Prudente agora apresenta a circulação dos sorotipos DENV-1, DENV-2 e DENV-3.

“O importante agora é reforçar os cuidados preventivos, principalmente com os criadouros do mosquito. Cerca de 80% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das casas”, alerta a supervisora da VEM, Elaine Bertacco, citando dados do Ministério da Saúde.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Débora Tiezzi, o laudo foi divulgado somente agora devido à sobrecarga do Instituto Adolfo Lutz, provocada pela epidemia de dengue que atinge o Estado de São Paulo. Todos os municípios estão enviando amostras para análise, o que atrasou os resultados.

Tiezzi reforça o alerta para os profissionais da saúde: “Mesmo quem já teve dengue anteriormente pode contrair novamente, caso seja infectado por um sorotipo diferente. O DENV-3, dependendo da resposta imunológica do paciente, pode evoluir para formas graves da doença”.

Embora o DENV-3 possa provocar complicações, todos os sorotipos do vírus da dengue têm potencial para se manifestar de forma assintomática, leve ou grave. Por isso, a orientação é que os profissionais estejam atentos aos sinais clínicos e realizem diagnósticos precisos.

A população também tem papel fundamental no combate à doença, eliminando os criadouros do mosquito transmissor. Manter os quintais limpos e livres de recipientes que acumulam água é essencial para evitar a proliferação do Aedes aegypti.