DNA de ex-militar é encontrado em veículo usado no mega-assalto de Araçatuba

Ademir Luis Rondon é apontado como um dos principais especialistas em explosivos da organização criminosa

DNA de ex-militar é encontrado em veículo usado no mega-assalto de Araçatuba - Reprodução


Peritos da Polícia Federal encontraram material genético do ex-militar Ademir Luis Rondon em um dos veículos usados no mega-assalto ocorrido na madrugada de 30 de agosto em Araçatuba (SP). As informações são do portal UOL​​. De acordo com a reportagem, Rondon é apontado pela investigação como um dos chefões do ataque na cidade, que terminou com a morte de dois inocentes.


Os criminosos atacaram duas agências bancárias no centro da cidade, uma da Caixa e outra do Banco do Brasil, que é uma central de distribuição regional e tinha cerca de R$ 90 milhões guardados.

Rondon, que é ex-sargento do Exército, foi preso no fim de outubro por suspeita de envolvimento em uma tentativa de roubo a um carro-forte com uso de explosivos em São Carlos (SP). O crime ocorreu em abril deste ano.



Segundo a polícia, a confirmação do DNA de Ademir Luis Rondon no veículo não é uma surpresa, mas a prisão dele foi um duro golpe para a organização criminosa. Ele é considerado um dos principais especialistas em detonadores dos grupos envolvidos em assaltos aos moldes do "novo cangaço", que são invasões a cidades de pequeno e médio porte com armamento pesado e ataque a instituições financeiras.

Apesar de a investigação estar sendo feita sob sigilo, segundo a PF, responsável pelo caso, até agora mais de 15 suspeitos foram presos.

ENTENDA O CASO

O mega-assalto em Araçatuba aconteceu entre os dias 29 e 30 de agosto de 2021 e terminou com dois inocentes e dois suspeitos de participarem do crime mortos. Os bandidos invadiram o centro da cidade e usaram armamento de grosso calibre para fechar o centro e assaltar duas agências bancárias.

Os bandidos ainda deixaram explosivos espalhados em pelo menos 20 pontos do centro da cidade. Uma delas foi detonada e feriu um homem de 25 anos. Agentes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foram chamados de São Paulo para desarmar os artefatos.

O centro da cidade ficou fechado por dois dias, as aulas foram suspensas e o transporte público paralisado na região central da cidade.

Apesar de a ação ter sido cinematográfica, o roubo foi considerado informalmente um fracasso, já que o cofre maior de um dos bancos acionou um sistema moderno de segurança, picotou e manchou as notas que seriam roubadas. O valor levado pelos bandidos, segundo fontes extraoficiais, não foi nem 30% do planejado pelos criminosos.