Ex-dirigente de El Salvador é sentenciado a 16 meses de prisão

O dirigente salvadorenho havia admitido, em agosto de 2021, que fez parte do escândalo de corrupção que abalou a entidade

Ex-dirigente de El Salvador é sentenciado a 16 meses de prisão - Rene Rodriguez


Reynaldo Vásquez, ex-presidente da Federação Salvadorenha de Futebol, foi sentenciado nesta quinta-feira a um ano e quatro meses de prisão por aceitar propinas e facilitar subornos no escândalo de corrupção que abalou a Fifa em 2015.


O dirigente salvadorenho havia admitido, em agosto de 2021, que fez parte do escândalo de corrupção que abalou a entidade, O FifaGate virou alvo de investigação do FBI e dirigentes de muitos países acabaram presos naquele ano. Vásquez era um deles e foi condenado em 2017 a oito anos de prisão.

Nesta quinta-feira, em julgamento no Tribunal Federal do Brooklyn, a juíza Pamela Chen disse durante a longa audiência que Vasquez não recebeu muito dinheiro com os subornos, mas o caso ainda é "trágico" pelo fato de os fundos terem sidos desviados de programas de futebol juvenil ou para mulheres em El Salvador.

"Ele era um membro central e entusiasmado dessa conspiração", disse Chen. Vásquez não deve cumprir a pena por causa do tempo que já passou preso. Os promotores dos EUA o acusam de "aceitar subornos da Media World em troca de conceder cobertura e direitos de marketing" para partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo. O ex-dirigente ainda responde por aceitar dinheiro para organizar amistosos nos Estados Unidos nos quais a seleção salvadorenha participaria.

Vásquez presidiu a Federação Salvadorenha de Futebol (FESFUT) entre 2009 e 2011 e já não dirigia mais a entidade quando recebeu os subornos. Mas, de acordo com a investigação, exercia influência na organização. Os promotores revelaram que ele assumiu ter recebido pagamentos da Media World e também ter atuado como intermediário para que outros funcionários da FESFUT recebessem subornos.

Preso no final de 2015 em operação internacional contra líderes da Fifa, Vásquez foi paras os Estados Unidos e chegou a se declarar inocente para Chen no começo de 2021. Após assumir ter recebido suborno, ele acabou extraditado.

Desde que o Departamento de Justiça dos EUA anunciou sua investigação, mais de 40dirigentes já foram indiciados por acusações criminais e pelo menos 30 se declararam culpados.