Justiça decreta prisão temporária de mãe e padrasto de criança que morreu em Penápolis

Criança morreu na última segunda-feira (14), em Penápolis; caso segue em investigação

Justiça decreta prisão temporária de mãe e padrasto de criança que morreu em Penápolis - Ilustração


A Justiça de Penápolis decretou a prisão temporária por 30 dias da mãe e do padrasto da menina de um ano e três meses que morreu na última segunda-feira (14), em Penápolis. A decisão ocorreu na sexta (18), pela 2ª Vara local.


Segundo o que foi apurado pelo Jornal Interior, de Penápolis, a jovem, de 21 anos, e o companheiro, de 26, apresentaram-se espontaneamente no plantão policial de Araçatuba. Eles estavam acompanhados por um advogado. Investigadores da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) acompanharam a ocorrência, assim como equipe do Deinter-10.

CASO

A menina deu entrada no pronto-socorro já sem vida. Na unidade, a médica que fez o atendimento relatou que a criança estava morta havia, pelo menos, seis horas quando foi levada, bem como apresentava marcas roxas pelo corpo. A profissional teria dito ainda que havia sinais de violência sexual no bebê.

A mãe da bebê, de 21 anos, e o padrasto, de 26, estiveram no PS. A Polícia Militar foi acionada por volta das 13h30 e compareceu à unidade. A médica ainda informou que a menina, levada pelo Resgate do Corpo de Bombeiros, apresentava rigidez cadavérica e lesões por todo o corpo, sendo algumas mais recentes e outras antigas, bem como ferimentos no ânus, o que aparentava violência sexual.

Os PMs entraram em contato com o Conselho Tutelar, sendo passado que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima. A equipe falou com a mãe e o padrasto. Eles alegaram que, por volta das 22h de domingo (13), colocaram a menina para dormir, após darem mamadeira. Em torno das 11h30 de segunda, eles foram acordar a menina, observando que estava sem vida, acionando os bombeiros. O casal foi levado para prestar esclarecimentos e liberado.

SIGILO

A investigação é mantida sob sigilo. Os trabalhos continuam, estando a frente a titular da unidade, Thaísa da Silva Borges. Nenhum detalhe da investigação será divulgado, pelo menos até a conclusão do inquérito.

O caso é tratado como homicídio e um eventual crime sexual. A polícia aguarda os resultados dos laudos do IML (Instituto Médico Legal) de Araçatuba e da perícia. Um documento, que apontaria que a vítima estaria realizando um tratamento contra anemia em um hospital de Promissão, teria sido apresentado pela mãe às autoridades. (Ivan Ambrósio/Jornal Interior)