PRÉ-CANDIDADTO À PRESIDÊNCIA
Luiz Felipe d'Avila defende agenda do carbono e metas para o Estado
Político do Partido NOVO foi o entrevistado desta quarta-feira (9) no Tela Política, programa da plataforma Tela 2
A visão de um país que pode se tornar uma potência partindo da agenda ambiental e a necessidade de o Estado criar metas para se desenvolver são dois dos principais pilares da pré-candidatura de Luiz Felipe d'Avila à presidência da República.
O pré-candidato do partido NOVO foi entrevistado nesta quarta-feira (9) pelo Tela Política, programa da plataforma Tela 2, e defendeu temas como o debate em torno de propostas e não de personalidades e pediu que o Brasil siga a agenda da economia de carbono para se desenvolver nas próximas décadas.
"O que precisamos fazer nessa eleição é o debate em torno de propostas. Precisamos tirar o país dessa estagnação econômica e da falta de renda das famílias. Não há como o Brasil retomar a economia se a gente ignorar a agenda do carbono. O Brasil é a maior potência ambiental do mundo, podemos fixar metade da produção de carbono no mundo. O petróleo foi a commodity do século XX, o carbono será o do século XXI", afirmou.
De acordo com d'Avila, o país precisa se adaptar a essa economia de mercado, que pode ser um grande ativo. "Só neste ano, temos 1,5 trilhão de dólares investidos no plantio de árvores e o Brasil não captou nada. É uma questão de gestão pública e cultural. Não se evolui abrindo floresta como nos anos 1970 e nem usando a agenda ambiental para criticar empresários".
METAS E ILHAS DE EXCELÊNCIA
Perguntado sobre como melhorar a educação nacional, o pré-candidato do NOVO deu o exemplo do Ceará e defendeu o aperfeiçoamento de boas ideias e ações. Segundo ele, no Brasil há "ilhas de excelência", que precisam ser redistribuídas para outros cantos do país.
"Temos que aumentar a oferta. O SUS (Sistema Único de Saúde) não funcionaria se não tivesse as OSS (Organizações Sociais de Saúde). O SUS nasceu a partir do momento em que os estados assumiram sua incompetência. Precisamos ter parceiros também na educação. Se insistirmos que o Estado é o único indutor dessas atividades, vamos continuar tendo uma educação péssima como está. Se o Estado não tiver meta, tudo fica no mesmo lugar. Falta meta global, para distribuir isso entre estados e municípios. Por que não podemos usar o modelo do Ceará em MG, SC, RJ? Vejo essas ilhas de excelência. Por que não trabalhar com essas ilhas para resolver nossos problemas?", questionou.
D'Avila também defendeu um governo técnico e condenou o que chamou de clientelismo, usado pelos políticos para distribuir emendas e outros benefícios parlamentares em troca de apoio, tanto em Brasília, quanto nas negociações entre estados e municípios.
"O clientelismo é um desastre, destrói o sistema público, aprisiona as pessoas e não melhora os índices de desenvolvimento do país".
A entrevista completa estará disponível em breve no programa Tela Política, do Tela 2.