Museu de Arte Sacra de São Paulo apresenta a mostra “MAHATMA”, sobre a vida de Gandhi

Exposição com 17 fotografias fica em cartaz até 31 de outubro no espaço expositivo da Sala MAS/Metrô Tiradentes, na capital paulista

Museu de Arte Sacra de São Paulo apresenta a mostra “MAHATMA”, sobre a vida de Gandhi - Reprodução


O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS / SP, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, em parceria com Consulado Geral da Índia em São Paulo e o Swami Vivekananda Cultural Centre, trazem ao público paulistano a exposição “MAHATMA”.


A mostra traz 17 fotografias que exibem registros da jornada de vida de Mahatma Gandhi abrangendo alguns eventos importantes de sua vida. Sob curadoria de Puja Kaushik, a ação ocupa o espaço expositivo da Sala MAS/Metrô Tiradentes e é parte das celebrações do 75° aniversário de Independência da Índia.

“A vida de Mahatma Gandhi nos lembra o poder da verdade, da paz e da não-violência. Enquanto a Índia celebra o 75º ano de sua independência do domínio colonial, esta exposição captura a transformação de Gandhi de uma pessoa comum em um líder de massas, que derrotou o Império Britânico usando métodos simples de não cooperação e desobediência civil. A vida de Mahatma continua a inspirar pessoas em todo o mundo. Os princípios e ideais de Gandhi oferecem uma solução prática para encarar os desafios enfrentados pela humanidade”, declara Amit Kumar Mishra, Consul Geral da Índia em São Paulo.

Mohandas Karamchand Gandhi é considerado um dos líderes espiritual, social e político mais venerado do mundo sendo a principal liderança do movimento de independência da Índia, que adotou uma filosofia única de resistência não violenta, desobediência civil e não cooperação para, não apenas alcançar o fim do colonialismo britânico, mas também para criar transformação social.

Os principais pilares de sua filosofia são: a verdade e a não violência. Porém a definição desses conceitos vai além do significado das expressões. Para Gandhi, ‘verdade vai além da simples veracidade das palavras e ações, incluindo também a fé na verdade suprema e uma forte crença na moralidade; ao mesmo tempo em que a não violência, não é mera ausência de violência, mas significa amor por todas as criaturas vivas’.

As imagens selecionadas pela curadora para compor a mostra, cujos originais pertencem ao acervo do National Gandhi Museum, New Delhi, India, revelam alguns eventos que tiveram grande importância na trajetória de Mahatma Gandhi e deram origem à arma mais poderosa conhecida pela humanidade – Satyagraha (princípio da não agressão). Cada fotografia destaca um marco importante na vida e na jornada de Gandhi.

A curadoria de Puja Kaushik está atenta a necessidade de contextualização do tema e, como informações adicionais, acrescentou itens que agem como complemento à assimilação da história e sua importância pela sociedade ocidental.

Uma escultura de bronze de Mahatma Gandhi, por Biman Bihari Das, renomado artista indiano; um Charkha – roda giratória – que era a personificação física e o símbolo do programa construtivo de Gandhi; Selos, com um recorte de filatelia, com abrangência mundial, emitidos em memória de Mahatma Gandhi, bem como algumas publicações importantes, da editora Palas Athena, que ajuda a explicar o papel que Gandhi e seus ensinamentos já desempenham no Brasil para promover a não-violência.

No momento atual onde o planeta passa por adaptações e mudanças que destacam ainda mais todos os problemas como injustiça social, desigualdade econômica, corrupção e pobreza, a o tema “MAHATMA” é de grande importância para dar destaque a esforços que devem ser feitos pelo bem comum e o trabalho necessário para que pessoas se reconectem com os ensinamentos e a filosofia de Gandhi.

“Acredito que a ideologia de Gandhi – ‘Seja a mudança que você quer ver’ – é de grande importância. Hoje, todos falamos sobre os problemas da sociedade ou de pessoas a nosso redor, mas dificilmente fazemos algo a respeito. É importante que, primeiro, façamos a mudança em nosso círculo e então, somente então, o mundo mudará” explica a curadora.