"O cenário político polarizado não é bom para a economia", disse Ricardo Amorim durante palestra em Rio Preto

A onda da retomada da economia requer um certo grau de incentivo, e foi exatamente isso que os representantes do setor da indústria no noroeste paulista fizeram nessa manha de quarta-feira (17) ao convidar o economista Ricardo Amorim para uma palestra acerca do tema. O evento que recebeu mais de cem convidados em Rio Preto (SP) contou com a presença de fortes líderes regionais que impulsionam esse setor.
A palestra cujo o tema "Cenário para a economia e indústria", ocorreu em uma das salas de cinema do Plaza Avenida Shopping, região sul da cidade. 

O economista, considerado o mais influente do Brasil, segundo a revista Forbes, diz que existe uma luz no fim do túnel mas que o empenho para chegar até esse futuro próspero precisa de toda a sociedade. Baseado em números e pesquisas reais, Ricardo Amorim, mostrou como o país precisa mudar os rumos da economia, citou como exemplos a China e a Índia, que hoje são as maiores potencias do motor do PIB mundial. 

Abertura do evento contou com a participação do prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo, que voltou a afirmar que nada disso seria possível sem a vacinação em massa e citou a economia da cidade com uma das principais do Brasil. Na sequencia quem tomou a palavra foi o Diretor-regional da Ciesp (Centro das indústrias do estado de SP), organização responsável pelo evento. Luiz Fernando Lucas, falou sobre a maneira como a indústria deve agir nos tempos atuais, valorizou a integridade humana como a melhor forma de crescimento.

Amorim já foi direto ao ponto e apresentou as 'dores' do setor e como os líderes devem se posicionar no enfrentamento a crise econômica do pós pandemia. "Existe a perspectiva de não voltar atrás, daqui pra frente devemos pensar num todo, da educação à agricultura, para fazer gerar riquezas sólidas e robustas que levam a economia de um país ao desenvolvimento". Ricardo citou a agricultura como a melhor fonte de evolução da economia e que sem ela o país já teria quebrado. Valorizou o investimento na educação e mostrou como os países de ponta mudaram a história com investimentos nesse setor.

"Ganho na produtividade não deve se apenas no sentido do volume de produção e sim do ser humano", completou. A capacidade de produzir mais não é atribuída apenas as máquinas mas ao profissional, ao professor, ao prestador de serviço", afirmou. "Para 2022 o desafio do crescimento é mundial e se não houver inovação o Brasil vai continuar ficando atrás dos grandes". Amorim falou sobre política e diz que teme um cenário polarizado visto que as opções eleitorais até o momento não despertam interesse no mercado econômico mas citou a terceira via como melhor opção.

Assista entrevista na íntegra concedida ao SBT Interior