Tite, sobre próximo técnico da seleção: "Gostaria que fosse um brasileiro"

Abertamente de saída do comando da seleção brasileira após a Copa do Mundo do Catar, Tite disse que, embora acredite mais na importância de avaliações técnicas do que simplesmente na nacionalidade, sua preferência é ter um sucessor vindo do Brasil. O Mundial será disputado entre novembro e dezembro de 2022.

"Técnicos têm que ser avaliados pela qualidade técnica e pela conduta moral e pessoal, não por nacionalidade. Nós temos grandes técnicos. Eu, particularmente, gostaria que (o próximo) fosse um brasileiro. Mas essa é a minha vontade. Aquilo que for melhor para a seleção brasileira, as pessoas que têm a responsabilidade que o conduzam dessa forma", disse Tite, em entrevista exclusiva ao SBT.

Mas antes da despedida, o Brasil disputará a segunda Copa do Mundo seguida sob o comando do treinador gaúcho. A Canarinho está no Grupo G ao lado de Sérvia, Suíça e Camarões, e as peças que terão a missão inicial de passar de fase ainda não estão definidas. De acordo com Tite, os atacantes Pedro e Hulk, além de outros atletas, ainda podem sonhar em ser parte do elenco.

"Tem possibilidades, sim. Eu digo que até o fechamento da lista final, não é 'bala juquinha', não é adoçar a boca de ninguém, mas a gente tem uma preparação e um acompanhamento importante. (O elenco) Não está fechado. Há esses atletas de alto nível que concorrem e estamos acompanhando tudo de perto para decidir", confessou o treinador.

Após os grupos, o Brasil não deve ter facilidade no caminho até a decisão, podendo pegar Uruguai, Portugal, Alemanha, Espanha, Holanda, Inglaterra, França, Bélgica e até Argentina antes da final. Embora ciente da dificuldade, Tite deixa claro que o objetivo é estar na decisão do dia 18 de dezembro e prefere não escolher o adversário.

"Nosso primeiro objetivo é chegar na final. Depois, qualquer um (deu risada). Nós temos que estar preparados para chegar na final. Tem um grupo de grandes seleções (de qualidade). A França traz uma geração importante com um título recente, tem Alemanha, Inglaterra e Espanha, que é uma nova geração e está se remontando. Temos a Argentina que está fazendo uma grande campanha", finalizou.