​Nova fase de operação que investiga mega-assalto é deflagrada em Araçatuba

Mandados de busca e prisão foram cumpridos em Guararapes e outras cidades do estado

​Nova fase de operação que investiga mega-assalto é deflagrada em Araçatuba - Divulgação/PF


A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta (16), mais uma fase da operação voltada à investigação do mega-assalto, ocorrido dia 30 de agosto de 2021 e que terminou com a morte de dois moradores da cidade.


Segundo a PF, os policiais federais receberam apoio do 12° Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (BAEP) para cumprirem quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão em Guararapes, além de dois mandados de identificação criminal.

Na terça (15), mais dois mandados foram cumpridos em Osasco (SP) e Guarujá, no litoral paulista, e um mandado de prisão temporária.

"Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Araçatuba, após o aprofundamento das investigações pela Polícia Federal, em especial, a análise e confrontação de todos os elementos de informações colhidos desde a data do crime. A Polícia Federal segue trabalhando de forma ininterrupta, visando a responsabilização de todos os autores dos violentos atos e já identificou e prendeu considerável parcela da organização criminosa", diz a nota divulgada à imprensa.

Antes do desencadeamento da ação de hoje, a PF já havia realizado a prisão de 33 pessoas envolvidas nos crimes e cumprido 74 mandados de busca e apreensão.
Com a deflagração desta nova fase, somam-se 35 investigados presos e 80 mandados de busca e apreensão cumpridos.

O CRIME

O mega-assalto em Araçatuba aconteceu entre os dias 29 e 30 de agosto de 2021 e terminou com dois inocentes e dois suspeitos de participarem do crime mortos. Os bandidos invadiram o centro da cidade e usaram armamento de grosso calibre para fechar o centro e assaltar duas agências bancárias.

Os bandidos ainda deixaram explosivos espalhados em pelo menos 20 pontos do centro da cidade. Uma delas foi detonada e feriu um homem de 25 anos. Agentes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foram chamados de São Paulo para desarmar os artefatos.

O centro da cidade ficou fechado por dois dias, as aulas foram suspensas e o transporte público paralisado na região central da cidade.

Apesar de a ação ter sido cinematográfica, o roubo foi considerado informalmente um fracasso, já que o cofre maior de um dos bancos acionou um sistema moderno de segurança, picotou e manchou as notas que seriam roubadas.

O valor levado pelos bandidos, segundo fontes extraoficiais, não foi nem 30% do planejado pelos criminosos.