​Operação Raio X prende 52 pessoas e apreende aeronaves, veículos e mais de R$ 1 milhão em dinheiro

​Ação, que ocorreu nesta terça-feira, visa desmantelar uma organização criminosa especializada em desvio de verbas da saúde

​Operação Raio X prende 52 pessoas e apreende aeronaves, veículos e mais de R$ 1 milhão em dinheiro - Divulgação/Polícia Civil


A Operação Raio X, deflagrada nesta terça-feira (29) pela Polícia Civil, prendeu temporariamente 52 pessoas e apreendeu mais de R$ 1 milhão em dinheiro, além de aeronaves, carros e outros objetos que serão utilizados durante as investigações. O balanço final da operação ainda será divulgado.


A ação visa desmantelar uma organização criminosa especializada em desviar dinheiro destinado à saúde por meio da celebração de contratos entre municípios com organizações sociais.

O trabalho da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) cumpriu 237 mandados de busca e 64 mandados de prisão em várias cidades brasileiras. Na região, a ação foi centralizada em Araçatuba, mas houve presos em Birigui e Penápolis.

Os delegados e promotores de Justiça informaram que não podem dar detalhes sobre a investigação porque ela está em fase de coleta de provas. Por isso, não foram divulgados nomes dos presos e nem das entidades investigadas. Porém, entre os presos estão médicos e agentes públicos.

BALANÇO

De acordo com o balanço parcial, três aeronaves, 47 veículos, nove armas de fogo, 154 celulares e 158 notebooks, computadores e tablets foram apreendidos na operação desta terça-feira. A polícia ainda vai periciar 178 pen-drives e mais de mil documentos.

Com relação ao dinheiro, os policiais apreenderam R$ 1.067.124,00 em espécie, além de 14,4 mil euros e 754,31 dólares.

A Polícia Civil não especificou os locais das apreensões.

"Os indícios foram descobertos por meio de quebra de sigílos bancários e telefônicos e, durante essa apuração, conseguimos identificar que havia uma grande movimentação de dinheiro entre os envolvidos. Por isso, a Justiça decretou as buscas e as prisões. A operação e a investigação continua"​, disse o promotor de Justiça João Paulo Serra Dantas.​

O governador João Doria disse, nas redes sociais que determinou um "pente fino" em contratos com organizações sociais e afirmou que "não vai tolerar que o Estado seja vítima de inescrupulosos".