Pedido de socorro na internet leva marido agressor à prisão na BR-153

Caso aconteceu nesta quinta-feira, em Bady Bassitt (SP)

Pedido de socorro na internet leva marido agressor à prisão na BR-153 - Reprodução


Um pedido de socorro feito por uma mulher de 38 anos nas redes sociais motivou a PRF (Polícia Rodoviária Federal) de São José do Rio Preto a prender um caminhoneiro de 41 anos, por agredir sua esposa e mantê-la em cárcere privado na cabine do caminhão. A abordagem foi realizada por volta das 17 horas desta quinta-feira (25), no km 78 da BR-153, em Bady Bassitt-SP.


Os policiais receberam o pedido de ajuda através de vários compartilhamentos de prints das postagens que a mulher realizou nas redes sociais, dizendo que sofria agressão de seu companheiro. O casal mora em Anápolis-GO. O marido é caminhoneiro e, junto com a companheira, estavam retornando de uma viagem que fizeram ao Estado de Santa Catarina, de onde traziam uma carga de madeira para Brasília. Ela informou que vinha sofrendo sucessivas agressões por parte do companheiro, e num gesto de desespero, realizou várias postagens nas redes sociais pedindo socorro. Ela desenhou uma cruz vermelha na palma da mão, demonstrando um pedido silencioso de ajuda. Este gestou levou a sucessivos compartilhamentos da imagem, até chegar ao conhecimento da PRF, que realizou a abordagem do veículo.

De posse da placa do caminhão, os policiais rodoviários federais realizaram a abordagem, momento em que a mulher revelou que sofria agressões, inclusive apresentava visíveis sinais de violência no rosto.

O caminhoneiro foi conduzido ao DP de Bady Bassitt, onde foi preso em flagrante por cárcere privado e violência doméstica. Ele já estava respondendo a outros inquéritos policiais pelo mesmo crime, porém não havia medida protetiva contra ele.

O caminhão foi retido e ficará à disposição da empresa. A mulher passou por exame de corpo de delito e foi liberada. O homem foi levado à prisão.

A PRF monitora as redes sociais, em busca de pedidos silenciosos de ajuda como estes, e orienta a população para que marque as redes sociais oficiais da instituição, ao compartilhar pedidos de ajuda como este, para facilitar a identificação e levar ao resgate de pessoas em situação de risco.