PM Ambiental flagra descarte irregular de objetos veterinários em Área de Preservação de Rio Preto

Uma sacola com etiqueta da Diretoria do Bem-Estar Animal (Dibea) foi encontrada entre os materiais

PM Ambiental flagra descarte irregular de objetos veterinários em Área de Preservação de Rio Preto  - Reprodução Polícia Ambiental


A Polícia Ambiental flagrou ossadas, seringas e diversos objetos supostamente usados em atendimento veterinário descartados irregularmente em uma Área de Preservação Permanente (APP), em São José do Rio Preto (SP). A ação foi feita na tarde de ontem (21), após uma denúncia.


Segundo a PM Ambiental, a APP está localizada na beira de um rio próximo da rodovia BR-153. Entre os materiais estavam dezenas de carcaças de animais de várias espécies como cavalos, vacas, cães e gatos, incluindo macacos.

Ainda de acordo com a PM, os dejetos descartados irregularmente podem contaminar a água do córrego, além do solo e provocar outros riscos ao meio ambiente e à saúde pública.

A corporação informou ainda que a área está localizada atrás de um hospital veterinário de um centro universitário. Uma sacola encontrada no descarte irregular estava identificada com uma etiqueta da Diretoria do Bem-Estar Animal (Dibea), da Prefetura. 

Peritos da Polícia Civil coletaram o material para a elaboração de um laudo que deve ajudar nas investigações.

Em nota, a Dibea informou que os animais que morrem sob a responsabilidade da Diretoria e ou do Centro de Zoonoses (CCZ) são encaminhados para uma empresa contratada para o serviço de incineração, dentro dos padrões e métodos exigidos por lei.

“A Dibea esclarece que animais que são vítimas de maus-tratos e que necessitam de atendimento são encaminhados para o Hospital Veterinário da Unirp, que mantém contrato com a Prefeitura para esta finalidade. A Dibea espera que as autoridades competentes apontem os eventuais responsáveis pelo fato verificado.”, diz a nota.

Por telefone, o professor Halim Atique Netto, diretor do Hospital Veterinário da Unirp, informou que a área onde os materiais foram encontrados está localizada a 700 metros de distância da unidade e não pertence a instituição.

“Nosso descarte é feito dentro das normas sanitárias e de forma regular pela empresa contratada pelo município e também uma empresa de coleta seletiva particular. Não faz sentido pagarmos para uma empresa fazer esse trabalho e depois descartarmos o material de forma irregular no local. Nós atuamos há 25 anos em prol da sociedade, prestando serviços e jamais agiríamos dessa forma. Esse material não foi descartado pela instituição”, afirmou.

 

Veja o vídeo do material: