Rio Preto pode sofrer com racionamento de água

Captação da represa foi reduzida pela metade; aumento no consumo de água foi de 3,09% no mês de agosto, em comparação com o mês de julho

Rio Preto pode sofrer com racionamento de água - Divulgação


A estiagem que atinge a região e o aumento do consumo de água pela população fez o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Semae), de Rio Preto, reduzir pela metade a captação de água da Represa Municipal. No mês de agosto, o aumento no uso foi de 3,09% em relação a julho. Além disso, a cidade está enfrentando um déficit significativo de chuvas em 2024, com apenas 635,50 mm acumulados até 10 de setembro – uma redução de 47% em comparação com o mesmo período do ano passado.


A última chuva significativa ocorreu em 12 de abril, somando 25,10 mm. Desde então, Rio Preto não tem recebido precipitações expressivas, deixando a cidade há 151 dias em condições de seca. O cenário atual levou o Semae a tomar medidas preventivas, como a redução da captação na represa de 450 litros por segundo para 220 litros por segundo, em uma tentativa de preservar os níveis dos lagos e evitar problemas ambientais, como a mortandade de peixes ou o risco de o rio Preto secar.

SISTEMA NO LIMITE

Para compensar a menor captação na represa, a autarquia aumentou a extração de água dos poços profundos. As bombas hidráulicas, que antes operavam 16 horas por dia, agora estão em funcionamento por 22 horas, atingindo o limite do sistema. Mesmo com esses esforços, o Semae estuda a possibilidade de implantar racionamento. Técnicos se reunirão na próxima terça-feira, 17 de setembro, para discutir a medida, que pode se tornar inevitável caso a situação não melhore.

PREVISÃO

O Semae também intensificou campanhas publicitárias de alerta para conscientizar a população sobre o uso racional da água, orientando a evitar práticas como lavar quintais e carros diariamente com água potável. Meteorologistas preveem a chegada de uma frente fria a partir do dia 19, trazendo alívio temporário com a queda nas temperaturas e a possibilidade de chuva. No entanto, essa frente fria pode se deslocar rapidamente para o Oceano Atlântico, permitindo o retorno da massa de ar quente e mantendo o cenário crítico.