Rio Preto recebe prêmio estadual por ações de combate ao HIV

O reconhecimento é decorrência do resultado positivo nas ações para eliminar a transmissão vertical do vírus HIV, ou seja, a contaminação passada de mãe para filho, durante a gravidez ou durante o parto

Rio Preto recebe prêmio estadual por ações de combate ao HIV - Fabrício Spatti/SMCS


O secretário de Saúde, Aldenis Borim, acompanhado de assessores da pasta e demais servidores, apresentou ao prefeito Edinho Araújo, o Prêmio Luiza Matida, concedido pelo Estado de SP. O reconhecimento é decorrência do resultado positivo nas ações para eliminar a transmissão vertical do vírus HIV, ou seja, a contaminação passada de mãe para filho, durante a gravidez ou durante o parto.


“A cidade de Rio Preto, desde 2018, não registra casos de transmissão vertical do HIV. O resultado só foi possível por conta da atuação forte de toda a equipe, que desenvolve um trabalho que é referência para o Ministério da Saúde”, disse o secretário.

Municípios com mais de 100 mil habitantes concorreram ao prêmio, que também leva em conta outros indicadores de impacto, como cobertura mínima de quatro consultas de pré-natal para 95% das gestantes e oferta de pelo menos um exame de testagem de HIV. Foram premiados 20 municípios paulistas.

A coordenadora do projeto, Andrea Carneiro, destacou que no ano de 2022 a cidade de Rio Preto se candidatou a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e redução de casos de sífilis congênita referente aos anos de 2019 me 2020.

“O Ministério da Saúde contemplou com certificados ou selos de boas práticas 43 municípios que atingiram a meta de eliminação. Dos 28 municípios contemplados por eliminação da transmissão vertical do HIV, o município de Rio Preto foi um deles”.

O segundo prêmio recebido pela Saúde foi o da Fiocruz. A cidade recebeu o selo Prata, numa demonstração de que está trabalhando com eficiência para a diminuição dos casos ao longo dos anos.

O prefeito Edinho Araújo parabenizou a equipe e disse que as premiações valorizam ainda mais os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde aos usuários.

“É preciso reconhecer também o trabalho daqueles que nos antecederam. Hoje estamos dando sequência nas ações que foram sendo implantadas ao longo de muitos anos”.

Prevenção, diagnóstico e tratamento

A estrutura da rede pública de Saúde de Rio Preto conta com o Complexo de Doenças Crônicas Transmissíveis, que trabalha com prevenção, diagnóstico e tratamento de ISTs e AIDS no município. No Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), a população pode realizar tanto o teste rápido, cujo resultado fica pronto em 15 minutos, quanto o convencional, que demora15 dias. Caso o resultado seja positivo, a equipe de saúde encaminhará o paciente para o início do tratamento.

O tratamento para os pacientes com HIV/AIDS consiste na ingestão de medicamentos antirretrovirais que impedem a multiplicação do vírus no organismo e ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico.

“O uso regular dos antirretrovirais é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas”, afirma a gerente do Programa de DST/AIDS, Maria Amélia Zanon Rocha.

Além do Complexo, as 27 unidades de saúde mantêm o Programa Fique Sabendo, que faz o pré-aconselhamento, a coleta do exame e o pós-aconselhamento. Os insumos de prevenção, como os preservativos (camisinhas), também estão disponíveis nas unidades de saúde. Qualquer pessoa pode retirá-las sem necessidade de identificação.

Quem foi Luiza Matida

Luiza Matida, médica já falecida, trabalhou durante 20 anos no Centro de Referência e Treinamento do Programa de DST/AIDS-SP da Secretaria de Estado da Saúde, coordenou a elaboração e a implantação de políticas públicas e estratégias para a eliminação da transmissão vertical de HIV e Sífilis do Programa Estadual de DST/Aids.

Em homenagem a Luiza Matida, o Programa Estadual DST/Aids-SP deu o nome dela ao prêmio, destinado aos municípios do Estado de São Paulo que alcançarem a meta de eliminação da transmissão vertical de HIV e Sífilis.

(As informações são da Secretaria de Comunicação).