SP apresenta queda na diferença nos casos de covid-19 entre classes sociais

SP apresenta queda na diferença nos casos de covid-19 entre classes sociais - Agência Brasil


A segunda fase do inquérito sorológico de adultos da capital paulista divulgada nesta sexta-feira, 12, mostra queda na diferença de casos do novo coronavírus entre pretos e brancos, assim como aproximação das estimativas de prevalência entre as diferentes classes sociais. Os números foram apresentados durante coletiva online para anunciar medidas de combate à covid-19.


Conforme os dados informados, a diferença entre a raças e cor está diminuindo ao longo das fases. Nesta etapa, 13,6% da população branca testada nesta fase do inquérito sorológico teve contato com a doença, contra 14,5% de pretos e pardos.

Também foi registrada a aproximação das estimativas de prevalência entre as diferentes classes sociais com sobreposição dos intervalos de confiança. Classe A/B registra 14,8%, C apresenta 12,4%, e D e E estão com 15,3%.

Os números mostram ainda que a taxa de prevalência está em 13,9% nesta segunda fase, contra 14,1% na primeira fase.

De acordo com os números, a faixa de escolaridade superior apresenta menor estimativa de prevalência com 9,9%. Já os ensinos fundamental e médio têm médias semelhantes, com 16,2% e 14,6%, respectivamente. "Doença se apresenta de forma igual nas suas taxas de prevalências em todas as coordenações de saúde do município de São Paulo. Hoje de maneira clara não há grande diferença nas regiões da cidade na forma que a doença se espalhou", afirma Edson Aparecido, secretário municipal da Saúde de São Paulo.

Escolas

Questionado sobre quantidade de alunos em salas de aulas, o prefeito Bruno Covas (PSDB) voltou a afirmar que não há data definida para permitir o aumento de estudantes em escolas públicas e particulares da capital paulista. O governo de São Paulo autorizou na sexta-feira passada, 5, que escolas aumentassem seus alunos em atividades presenciais para 70%, já que o Estado passou para a fase amarela.

Segundo Covas, é preciso aguardar e acompanhar como será o retorno dos 35% dos alunos na rede municipal, que acontecerá na próxima segunda-feira, 15. "Na capital paulista não há distinção entre escolas públicas e privadas. Poderemos aumentar o índice de acordo com primeiros resultados após o retorno às aulas. Somente quando a vigilância sanitária tiver tranquilidade com o retorno dos 35% é que poderemos alterar a quantidade de alunos", afirmou.

"Dados da segunda fase do inquérito sorológico mostram ainda estabilidade da doença na cidade de São Paulo, o que dá mais tranquilidade para o retorno às aulas", disse ainda o prefeito.

Minéa Paschoaleto Fratelli, secretária-adjunta na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, acrescenta que as aulas presenciais na rede vão começar na próxima segunda-feira, sendo adotados todos os cuidados para manter o retorno seguro de alunos e funcionários. "É necessário que voltemos com nossas atividades nas escolas", acrescentou.

Carnaval cancelado

Durante a coletiva, Covas também descartou a realização do carnaval em 2021, por causa da pandemia de coronavírus. "Neste ano, a cidade de São Paulo também, por conta da pandemia, se soma a várias outras cidades, que já anunciaram isso e também infelizmente não teremos o carnaval aqui na cidade de São Paulo", anunciou. A capital paulista, seguindo o Estado de São Paulo, já havia cancelado o ponto facultativo do feriado na próxima semana, conforme o decreto nº 60.060 publicado no Diário Oficial no dia 30 de janeiro, assim com desfiles de blocos de rua e escolas de samba no Sambódromo.

Participam ainda do encontro virtual desta sexta a vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo (CMSP), vereadora Rute Costa; o vice-prefeito, Ricardo Nunes; o secretário municipal de Comunicação, Marcus Vinicius Sinval; o de Saúde, Edson Aparecido; o da Cultura, Alexandre Youssef; o de Urbanismo e Licenciamento, César Azevedo; e a Adjunta da Educação, Minea Paschoaleto Fratelli.