Tesouro dos EUA detalha sanções à Rússia que miram ativos bancários

Tesouro dos EUA detalha sanções à Rússia que miram ativos bancários - Reprodução


O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos detalhou nesta quinta-feira, em comunicado, as sanções de caráter financeiro que o país vai aplicar contra a Rússia, em retaliação à ofensiva militar iniciada nesta data contra a Ucrânia. As medidas miram 80% dos US$ 46 bilhões em ativos bancários russos negociados diariamente, por meio de ações contra os dois maiores bancos do país, o Sberbank e o VTB, além de mais de 90 entidades financeiras subsidiárias em todo o mundo.


Segundo o Tesouro, a "vasta maioria" das transações feitas na Rússia serão interrompidas após as sanções. O Departamento também vai proibir indivíduos nos EUA de negociar novos títulos de dívida com vencimento superior a 14 dias e novas ações emitidas por companhias estatais russas e entidades que operam no sistema financeiro russo.

A medida "limita a capacidade da Rússia de financiar sua invasão contra a Ucrânia ou outras prioridades do presidente Vladimir Putin", disse o órgão norte-americano.

O departamento ainda nomeou autoridades do Kremlin que ficarão sob sanção americana, além de pessoas próximas. São eles: o Representante Presidencial Especial para Proteção Ambiental, Ecologia e Transporte, Sergei Borisovich Ivanov, e seu filho Sergei Sergeevich Ivanov; o Secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Platonovich Patrushev, e seu filho Andrey Patrushev; e o CEO da petroleira Rosneft, Igor Ivanovich Sechin, e seu filho Ivan Igorevich Sechin.

O CEO do Sberbank, Alexander Vedyakhin, e os executivos do VTB Andrey Puchkov e Yuriy Soloviev - e sua esposa, Galina Ulyutina - também sofrerão sanções. Por fim, o Tesouro americano ainda vai impor medidas contra 24 entidades e indivíduos de Belarus por conta da sua cooperação com Moscou.

Em outro comunicado, a Casa Branca detalhou medidas voltadas a restringir a exportação de produtos à Rússia. Entre eles, itens fabricados nos EUA ou que tenham parte da produção americana não poderão ser usado para fins militares russos. A Casa Branca também vai proibir importação de alta tecnologia do país, como semicondutores, produtos de telecomunicações e segurança.

Segundo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, as ações adotadas pelo governo americano vão "degradar" a capacidade do governo de Vladimir Putin de ameaçar a estabilidade e paz europeias. Caso necessário, a ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) prometeu novas sanções contra os russos