Trabalhador rural morre atropelado em rodovia

Um professor, que seria autor do acidente, se apresentou à polícia

Trabalhador rural morre atropelado em rodovia - Arquivo


Luiz Henrique da Silva Melo, de 36 anos, morador de Avanhandava, morreu atropelado na madrugada de domingo (20), na rodovia Euclides da Cunha (SP-320), em Votuporanga. Um professor, que seria autor do acidente, se apresentou à polícia no dia seguinte.


Ele alegou ter visto sobre o caso nas redes sociais e recusou fornecer sangue para exame de dosagem alcoólica. A vítima era trabalhador rural. Policiais rodoviários foram acionados, por volta das 4h, a comparecerem no quilômetro 508 da pista, onde um corpo tinha sido encontrado. Chegando ao local, a equipe viu que Melo estava caído no acostamento.

Sobre ele, havia o retrovisor de um veículo. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) esteve na rodovia, confirmando o óbito. A identificação da vítima foi feita por uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação), que estava em um dos bolsos. O IC (Instituto de Criminalística) realizou perícia.

O corpo foi levado ao IML (Instituto Médico Legal), onde passou por exame necroscópico e, em seguida, liberado aos familiares. O velório aconteceu em Avanhandava e o sepultamento foi feito na manhã de ontem (21), às 9h, no cemitério do município. A polícia não localizou testemunhas que tivessem presenciado o atropelamento.

APRESENTOU

Um professor de 36 anos, residente em Cosmorama, se apresentou à polícia, no início da tarde de domingo, como sendo o autor do acidente. Ele, que estava acompanhado por um advogado, contou que, por volta das 17h de sábado (19), saiu de casa conduzindo um GM Ônix e foi para Votuporanga, permanecendo até às 23h30.

Quando retornava para sua cidade pela rodovia, após passar pelo distrito de Simonsen, viu um vulto e, em seguida, houve um impacto na lateral direita do automóvel. O investigado ainda relatou que olhou pelo retrovisor, mas não viu nada, percebendo apenas que o vidro lateral direito dianteiro estava danificando, deduzindo que tivesse colidido em um animal.

Ele ainda disse que seguiu o trajeto até Cosmorama, onde foi direto para a casa dele, dormindo até a manhã seguinte. Ao acordar, viu uma postagem em um aplicativo sobre um acidente com vítima fatal próximo ao distrito e imaginou que teria batido em uma pessoa.

Com isso, procurou um advogado e decidiu ir até a polícia para dizer sobre o ocorrido e se colocar à disposição da Justiça para mais esclarecimentos. O professor afirmou que não ingeriu bebida alcoólica, porém, recusou fornecer sangue para exame, se oferecendo para ser submetido ao procedimento clínico de embriaguez.

Ainda durante sua versão, o carro que dirigia no momento do atropelamento estava na garagem da casa onde mora e à disposição para exame pericial. Um inquérito será instaurado pela Polícia Civil para apurar o caso. (Ivan Ambrósio/Jornal Interior)