Transição de poder nos EUA é bloqueada por equipe de Trump

Entidade responsável pelo processo de transição não reconheceu Joe Biden como vencedor e bloqueou verbas e infraestrutura à equipe do presidente eleito

Transição de poder nos EUA é bloqueada por equipe de Trump - SBT/Patrícia Vasconcellos


Emily Murphy, admnistradora de serviços gerais da Casa Branca, se recusa a assinar o documento que dá início à transição de poder, impedindo que a campanha do presidente-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, inicie formalmente o seu trabalho. 


A funcionária foi nomeada em 2017 por Donald Trump para chefiar a Administração de Serviços Gerais (ASG), uma entidade federal que existe desde 1963 e que, à exceção das eleições de 2000, quando Al Gore contestou o resultado na Florida, costuma reconhecer o presidente eleito horas ou no máximo um dia depois das projeções da imprensa, que declaram um vencedor assim que um dos candidatos garante os 270 grandes eleitores no Colégio Eleitoral.

Em 2016, Barack Obama, por exemplo, concedeu rapidamente a transição a Trump e, inclusive, recebeu o republicano na Casa Branca após o resultado da eleição que o declarou vencedor sobre Hillary Clinton.

A equipe de Biden já recebeu autorização para estabelecer um escritório de transição na sede do Departamento de Comércio, em Washington, mas todos os outros acessos e recursos para iniciar formalmente o trabalho dependem da carta assinada pela GSA.

Pamela Pennington, porta-voz da ASG disse que, até ao momento, "ainda não foi feita qualquer verificação" e que a administradora da agência federal, Emily Murphy, "vai continuar a cumprir todos os requisitos da lei". Fonte da agência ouvida sob anonimato pelo Washington Post assumiu que ninguém "vai tomar decisões antes do presidente" quanto à transição de poder.