Vereador joga objeto em colega durante sessão da Câmara de Araçatuba

Desentendimento aconteceu entre os vereadores Arlindo Araújo (MDB) e Nelsinho Bombeiro (PV)

Vereador joga objeto em colega durante sessão da Câmara de Araçatuba - Reprodução


O clima ficou tenso n​a noite desta segunda-feira (14), durante sessão da Câmara Municipal de Araçatuba.​ O vereador Arlindo Araújo (MDB) arremessou um objeto, que seria um frasco de álcool, contra o vereador Nelsinho Bombeiro (PV) após discordar de uma afirmação do parlamentar.


​O caso aconteceu durante uma justificativa de voto de Nelsinho sobre um projeto de Arlindo,que garantiria a pessoas em tratamento de câncer e renal, o direito de vagas especiais de estacionamento no entorno da Santa Casa.

Os vereadores votavam o projeto, quando Nelsinho afirmou que Arlindo teria "copiado e colado" o texto. Arlindo Araújo se revoltou e jogou o objeto contra Nelsinho. Depois, ele ainda se levanta e pede para que Nelsinho também se levante.

Arlindo precisou ser contido por outros vereadores e pessoas que estavam na sessão, mas desabafou após o projeto ser reprovado.



“Confesso que eu tinha certeza que esse projeto seria aprovado. Olha quanta inocência da minha parte, heim! Eu tenho mais de 30 anos de Câmara e ainda pensei que essa Casa podia ter alguma sensibilidade, alguma empatia, uma subserviência menor ao prefeito municipal, tivesse um pouco mais de opinião própria, mas eu confesso que me vi surpreso com a decisão dos colegas”, desabafou. 

“Vocês têm o meu desprezo. Vocês não são só ridículos, são nojentos! E tem mais, se tiver algum nervoso aí por dentro, vai conversar comigo lá fora, pode ir um por um, que eu vou ter o maior prazer de sentar a mão na lata de todo mundo. Depois se quiser cassar meu mandato falando que eu estou ameaçando, eu não estou ameaçando, eu estou falando que eu converso com qualquer um lá fora, pode fazer fila, porque eu perdi a minha paciência com vocês”, disse Arlindo.

De acordo com Nelsinho Bombeiro, único parlamentar que votou contra e se manifestou, a lei federal 6.551/201 já garante esse direito aos pacientes em tratamento, por isso ele decidiu votar contra a aprovação.