Ciclo ILP-FAPESP discute a corrida das vacinas contra a covid-19

Ciclo ILP-FAPESP discute a corrida das vacinas contra a covid-19 - Divulgação/Governo de São Paulo


Pesquisadores que estão à frente dos estudos de quatro imunizantes contra a covid-19 testados no país vão apresentar, num único evento, os processos dos testes clínicos em humanos e resultados de eficácia e segurança obtidos para as vacinas CoronaVac, Oxford/AstraZeneca (AZD1222), Janssen (Ad26.COV2.S) e Pfizer/BioNTech.


As duas primeiras vacinas já receberam aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial e integram o Plano Nacional de Imunização. As vacinas da Janssen e da Pfizer/BioNTech foram testadas no país, mas ainda não se sabe se chegarão ao público brasileiro.

O evento integra o ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, parceria entre a Fundação e o Instituto Legislativo Paulista (ILP) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com o objetivo de divulgar os resultados das pesquisas científicas financiadas com recursos públicos à sociedade em geral e aos legisladores e gestores públicos em particular. A reunião virtual ocorrerá nesta segunda-feira (01/03), das 15h às 17h, e será transmitida pelo canal da Alesp no YouTube.

A chefe do laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Beatriz Grinsztejn, fará uma análise dos resultados obtidos até o momento no estudo Ensemble-Fase 3 para avaliar a eficácia e segurança da vacina da Janssen. A pesquisadora, que é co-chair do estudo para a América Latina pela rede CoVPN/NIAID/NIH, apresentará os dados avaliados pela reunião do comitê que recomendou ao FDA, agência norte-americana que regula medicamentos, a autorização da vacina. No Brasil, o estudo previu o recrutamento de 7 mil voluntários por 28 centros de pesquisas.

O epidemiologista Edson Duarte Moreira Jr., que coordena no Brasil, a partir do Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Santo Antônio, em Salvador, os estudos clínicos de fase 3 do imunizante contra a COVID-19 desenvolvido pelos laboratórios Pfizer/BioNTech, apresentará uma atualização dos resultados da utilização dessa vacina no mundo, desde sua aprovação para uso emergencial até o impacto da vacinação na incidência de casos da doença. Apesar de ainda não estar disponível no país, a vacina foi a primeira a obter da Anvisa o registro definitivo. O pesquisador também compartilhará com seus pares e o público suas considerações sobre o futuro da pandemia.

O Instituto Butantan coordena os estudos clínicos da vacina CoronaVac no Brasil, além de ter dado início ao envasamento e distribuição do imunizante para o Sistema Único de Saúde (SUS). O diretor da instituição, Dimas Covas, vai tratar das vacinas e soros produzidos pela instituição. Recentemente, o Butantan iniciou em Serrana, município paulista com 48 mil habitantes, estudo inédito da CoronaVac com o objetivo de avaliar o impacto da vacinação em massa no combate à pandemia de covid-19.

Também participará do encontro Lily Yin Weckx, coordenadora do Centro de Referência de Imunobiologia Especial da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), responsável por coordenar o estudo clínico da vacina Oxford/AstraZeneca no Brasil. Ela vai descrever a trajetória do desenvolvimento clínico à licença para uso emergencial do imunizante e mostrará os principais resultados dos testes em humanos, eficácia com uma e duas doses e o impacto das novas variantes.

As inscrições devem ser feitas no site.