09/01/2024 • 16:35:00

2023 foi o ano mais quente da história do planeta, afirma observatório europeu

ESTADÃO CONTEÚDO



O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente há registrado, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira, 9, pelo observatório europeu Copernicus. A temperatura média no ano passado foi 1,48 ºC mais quente do que na era pré-industrial, de acordo com a agência.

Este valor é um pouco inferior aos 1,5°C que o mundo havia proposto como limite, no âmbito do Acordo Climático de Paris em 2015, a fim de evitar os efeitos mais graves do aquecimento global. E janeiro de 2024 está a caminho de ser tão quente que, pela primeira vez, um período de 12 meses excederá o limite de 1,5°C, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudança Climática do Copernicus.

Os cientistas sustentam que o planeta precisaria de um aquecimento médio de 1,5°C ao longo de duas a três décadas para violar tecnicamente o limite. "A meta de aquecimento de 1,5°C tem de ser mantida porque vidas estão em risco e há decisões que terão de ser tomadas e essas decisões não afetarão você ou a mim, mas afetarão nosso povo. Filhos e netos", disse Samantha.

O calor recorde causou estragos e até mortes na Europa, América do Norte, China e muitos outros lugares no ano passado. Mas os cientistas também alertam que o aquecimento atmosférico está causando fenômenos climáticos extremos, como a seca prolongada no chifre da África, as chuvas torrenciais que destruíram barragens e mataram milhares de pessoas na Líbia e os incêndios florestais no Canadá que poluíram o ar da América do Norte até a Europa.

Pela primeira vez, os países reunidos na conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, em dezembro do ano passado, concordaram em abandonar os hidrocarbonetos responsáveis pelas alterações climáticas, mas não estabeleceram requisitos concretos para o fazer.

O Copernicus estima que a temperatura global média em 2023 foi cerca de um sexto de 1°C superior ao recorde anterior estabelecido em 2016.

Embora isto pareça um valor minúsculo no contexto dos registros globais, é uma margem excepcionalmente grande para um recorde, disse a vice-diretora do Copernicus. A temperatura global média em 2023 foi de 14,98°C, calcula o Copernicus.

"Os recordes foram quebrados durante sete meses. Tivemos junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro mais quentes", disse Samantha.

"Não foi apenas uma temporada ou apenas um mês que foi excepcional. Foi excepcional por mais de metade do ano. Existem vários fatores que contribuíram para que 2023 fosse o ano mais quente já registrado, mas de longe o maior foram os gases com efeito de estufa que retêm o calor na atmosfera", disse ela. Esses gases provêm da queima de carvão, petróleo e gás natural.

Seguro obrigatório voltará a ser pago em 2025

Acidente envolvendo quatro veículos causa duas mortes e deixa jovem em estado grave

Brasil tem 1.942 cidades com risco de desastre ambiental

Rio Preto recebe Laboratório de Criação de Cinema do Interior

RS anuncia R$ 12 bilhões para reconstruir o Estado após as chuvas

Mick Jagger prestigia colação de grau de Lucas, seu filho com Luciana Gimenez

Lula sanciona lei que suspende dívida do RS com a União por três anos

Lira prorroga até 24 de maio dispensa da presença obrigatória de deputados do RS na Câmara

Pedágio da região será o primeiro a implantar sistema Free Flow em operação efetiva

Polícia fecha fábrica de cerveja falsificada em SP

Renda média do trabalho principal é recorde para homens e mulheres, aponta IBGE

Inundações no RS: famílias em situação de pobreza vão receber R$ 2,5 mil

Compartilhe

© Copyright 2024 SBT Interior - Todos os direitos reservados