27/05/2024 • 15:32:18

Ampliar tarifa zero em SP exigirá criação de fundo, diz Nunes

ESTADÃO CONTEÚDO



A ampliação do programa de tarifa zero nos ônibus de São Paulo depende da criação de um fundo municipal de transporte e de mudanças na legislação federal para garantir os recursos necessários para a extensão do benefício, avaliou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) em entrevista ao Estadão. Ele será um dos painelistas do Summit Mobilidade Estadão, que acontece amanhã, das 8 às 19 horas, na Casa das Caldeiras, em São Paulo.

Qual avaliação o senhor faz dos ônibus gratuitos após cinco meses?

O "Domingo Tarifa Zero" está sendo um sucesso. Tivemos mais de 70 milhões de pessoas que viajaram de graça, média de 3 milhões por domingo.

Há planos de expandir o programa? E o impacto nos cofres públicos?

É preciso que a gente avance (com o programa de tarifa zero), mas isso requer uma série de ações. Já tive várias reuniões com minha equipe discutindo o tema, inclusive com o (Rogério) Ceron, que é o secretário do Tesouro Nacional, porque precisamos fazer alguns ajustes de legislação. Vou dar um exemplo: R$ 10 bilhões foi o que custou o sistema (de ônibus) no ano passado - números redondos. Desse total, R$ 5 bilhões foram de arrecadação e outros R$ 5 bilhões a Prefeitura colocou como subsídio. Dos R$ 5 bilhões arrecadados, R$ 2,8 bilhões foram provenientes do vale-transporte que o empregador deu para seus funcionários, e não podemos perder essa receita porque não tem como a Prefeitura arcar com 100% do custo do sistema de transporte. Então, como que a Prefeitura pode ampliar o benefício da tarifa zero sem perder essa receita do vale-transporte? É preciso alterar a legislação federal para que esse valor seja depositado em um fundo municipal de transporte. Mas esse é apenas um exemplo, entre outros. Também é possível destinar uma parcela do IPVA ou do imposto da gasolina para esse fundo. Veja bem, não estamos falando em criar um imposto novo ou de aumentar o valor de impostos, mas, sim, de destinar uma parte desses impostos para o fundo.

Como parte das ações da Lei de Mudanças Climáticas, a meta era que São Paulo chegasse ao fim de 2024 com 2.600 ônibus elétricos. Hoje, no entanto, o número de ônibus movidos a bateria não passa de 10% da meta. O que deu errado?

Um dos desafios foi a pandemia de covid-19, quase um ano e meio de esforços da Prefeitura voltados para essa questão. Também não tínhamos uma indústria produzindo ônibus elétricos. Mas o que fizemos? Fizemos uma portaria, proibindo que nossas 32 concessionárias façam a substituição de ônibus a diesel por ônibus a diesel. Nossos contratos determinam que os ônibus têm de ter, no máximo, dez anos de utilização. Então, quando o veículo atinge dez anos, ele precisa ser substituído por outro. Com a portaria, as concessionárias terão de substituir os ônibus a diesel por veículos não poluentes.
 

Incêndio em residência deixa seis pessoas feridas em Rio Preto

Homem atropelado em Fernandópolis morre após 11 dias internado em Rio Preto

Polícia Civil prende homem por tráfico interestadual em Buritama

Fábrica clandestina de cosméticos é fechada em Araçatuba; homem é preso

Novo Código Disciplinar da Fifa endurece punições em casos de racismo

Mais de 2.500 estudantes do Ensino Médio já foram contratados como estagiários do BEEM

Jair Bolsonaro será ouvido pela PF em inquérito que investiga ações do filho nos EUA

Polícia prende namorado de jovem esfaqueada em Rio Preto

Homem suspeito de aplicar golpe milionário é preso no Rio Grande do Sul

Descontos indevidos do INSS serão ressarcidos até 31 de dezembro

País recebe status internacional como livre de febre aftosa sem vacina

Taxa de desemprego é a menor para o trimestre desde 2012

Compartilhe

© Copyright 2025 SBT Interior - Todos os direitos reservados