18/12/2023 • 15:35:00

Cariani presta depoimento à PF após ser alvo de operação sobre desvio de produtos

SBT NEWS



O empresário, fisiculturista e influenciador fitness Renato Cariani presta depoimento nesta 2ª feira (18.dez) na sede da Polícia Federal ,em São Paulo, sobre o inquérito do Ministério Público em que a empresa onde ele é sócio, a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., é apontada como suspeita de emissão de notas falsas e desvio de produtos que podem ser usados para refino e adulteração de cocaína.

Na 5ª feira (14.dez), Cariani postou um vídeo para explicar a troca de mensagens com a sócia Roseli Dorth falando sobre a fiscalização que receberia da polícia ambiental na fábrica da Anidrol. No inquérito ao qual o SBT News teve acesso, Cariani diz para Renata em 13 de abril de 2014:

"Graças a Deus esta semana é curta, podemos trabalhar no feriado pra arrumar de vez a casa e fugir da polícia (...) Também precisamos arrumar o mapa da Civil, vão vir babando (...) Arruma tudo para esperar estes vermes. Acho que a polícia pode aparecer ainda esta semana. Por isso que quero que a semana passe rápido..."

No vídeo, Cariani justificou que não se lembra dessa troca de mensagens ocorrida quase dez anos atrás e que vai constar a veracidade da conversa. Mas, de qualquer forma, alegou que: 

"Ninguém trabalha final de semana para fugir da polícia. Provavelmente na semana seguinte teríamos auditoria da Divisão de Meio Ambiente da Polícia Civil que anualmente vai fazer fiscalização para renovar a licença."

Ainda de acordo com o influenciador, a conversa se deu para fazer uma dupla checagem dos processos e dos produtos na empresa para receber a fiscalização. E explicou o termo "verme" usado na mensagem para se referir à polícia.

"Peço desculpas se eu usei um termo inapropriado, mas é uma conversa entre dois sócios, é um desabafo. Às vezes você xinga um cliente, fiscal ou fornecedor. Passar por auditoria é muito estressante."

Em outra conversa, também em 2014, Cariani pede para que Roseli apague as mensagens referentes a um diálogo em que ela o questiona sobre a retirada e um pagamento. Cariani responde sobre a retirada de "sulfúrico e acetona" - produtos controlados usados no refino de drogas como crack e cocaína e que teriam sido desviados em um esquema de notas frias e pagamentos em dinheiro.

Ainda segundo o MP, na mesma conversa, Roseli sugere declarar falsamente o tipo de produto vendido em nota fiscal para uma empresa que não possui o registro necessário do produto. Ela sugere "arrancar o rótulo" e lançar como outro item, o que, segundo Roseli, seria "tranquilo e rápido". Segundo Cariani, a venda foi feita para uma empresa que não tem certificação norte-americana United States Pharmacopeia (USP), então precisou retirar o rótulo "premium" para vender como um produto "básico", que não necessita da certificação.

Entenda o caso

Cariani foi alvo de uma ação da Polícia Federal em sua casa em São Paulo na 3ª feira (12.dez) em uma operação que investiga o tráfico de drogas e o desvio de um produto químico utilizado na produção de crack.

A empresa na qual ele é um dos sócios emitia notas falsas de venda de produtos para refino e adulteração de cocaína, segundo inquérito do Ministério Público, ao qual o SBT News teve acesso com exclusividade. O MP recebeu denúncia de três importantes empresas da indústria farmacêutica alegando que a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda. emitia notas fiscais de venda de produtos que essas empresas não havia comprado. O inquérito diz que cerca de 60 notas fiscais falsas podem ter sido emitidas entre 2014 e 2019.

"Minha empresa emite 1.000 notas por mês. De 2014 a 2019 seriam 72 mil notas. Esse volume é menos de 0,001%."

Segundo estimativas, com base nas informações obtidas até o momento, as operações apontadas geraram lucros de, ao menos, R$ 2,4 milhões, correspondente ao valor movimentado em notas fiscais emitidas ou em depósitos realizados em espécie. Ainda segundo o inquérito, por causa dessas atividades, os envolvidos podem ter obtido mais de R$ 3,7 milhões.

O inquérito aponta ainda que uma pessoa próxima a Cariani chamada Fábio Spinola criou criado um e-mail de um suposto funcionário da AstraZenica que teria recebido as vendas dos produtos e as notas frias. Em maio, Spínola foi preso na Operação Downfall, deflagrada pela Polícia Federal, que apontou que ele integrava a organização criminosas PCC atuando como corretor imobiliário informal. Ele ainda teria ocultado e destruído provas de interesse do grupo criminoso. 

Cariani diz que sua empresa tem 40 anos de existência e nenhuma relação com o crime.

Virginia posta decoração de Natal inspirada na família

Homem é multado em mais de R$ 2,5 mil por armazenar carne de capivara e pomba em freezer

Caravana de Natal da Coca-Cola iluminará Araçatuba no dia 12 de dezembro

Araçatuba celebra 116 anos e Natal Iluminado com atrações gratuitas até dezembro

Últimos dias para inscrições nos cursos gratuitos de qualificação profissional em São Paulo

Natal Luz 2024 ilumina São José do Rio Preto a partir desta sexta-feira (22)

Homem de 27 anos morre e outro fica ferido em tiroteio no bairro São José, em Araçatuba

Empresário é preso em São José do Rio Preto por trabalho escravo e desmatamento ilegal

Feirão Casa Paulista oferece cheques com desconto extra para compra de imóveis em São José do Rio Preto (SP)

DIG de Votuporanga prende, em São Paulo, suspeito de roubar e agredir idosa

Plaza Shopping recebe Papai Noel nesta sexta-feira (22)

Passageira de ônibus é presa com drogas em Guararapes/SP

Compartilhe

© Copyright 2024 SBT Interior - Todos os direitos reservados