A condição de vida dos cerca de dois milhões de moradores da Faixa de Gaza segue se deteriorando desde os ataques contra Israel iniciados em 7 de outubro pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas* e o consequente bloqueio das vias de acesso ao território palestino.
No sábado (21), duas semanas após o início do bloqueio, os primeiros caminhões com ajuda humanitária foram autorizados a entrar em Gaza por meio da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Mas as entregas são insuficientes, e por ora não incluem combustível – necessário para a geração de eletricidade para hospitais e o abastecimento de água.
Confira abaixo um resumo da situação atual do envio de ajuda humanitária a Gaza.
Quantos caminhões entraram em Gaza?
De acordo com a UNRWA, a agência da ONU responsável por fornecer assistência aos palestinos, 54 caminhões com suprimentos de ajuda chegaram à Faixa de Gaza até esta terça-feira.
Foram 20 caminhões no sábado, 14 no domingo e 20 na segunda-feira.
Segundo a agência, antes do início da guerra, cerca de 500 caminhões com suprimentos de ajuda e comerciais entravam em Gaza por dia.
O que as entregas incluem?
Israel concordou apenas com a entrega de água potável, alimentos, medicamentos e outros suprimentos médicos. Forças de segurança israelenses controlam o conteúdo dos caminhões em uma zona de trânsito. O objetivo é evitar que armas e outros produtos que possam ser usados para construir armas entrem em Gaza. Israel também quer evitar que o Hamas lucre com os produtos entregues como ajuda.
Quais são as necessidades?
De acordo com estimativas de organizações de ajuda, cerca de 100 caminhões teriam que chegar a Gaza todos os dias para suprir as necessidades básicas da população civil. Além dos produtos citados acima, elas também pressionam para que combustível seja entregue à região.
O combustível é necessário principalmente para manter os geradores de energia funcionando para hospitais e a infraestrutura de dessalinização e abastecimento de água. A única grande usina de eletricidade do território palestino foi desligada alguns dias após o ataque terrorista do Hamas a Israel.
Vários meios de comunicação informam que a água potável está se tornando escassa. Algumas pessoas estão bebendo água do mar ou água imprópria para consumo, com graves consequências para a saúde.
Quanto já foi enviado em ajuda?
Outros caminhões de ajuda aguardam no posto de fronteira de Rafah há dias. O Programa Mundial de Alimentos da ONU informou ter enviado quase mil toneladas de alimentos para a fronteira de Gaza.
Além disso, vários países enviaram suprimentos de ajuda. A Rússia anunciou na semana passada que entregaria 27 toneladas de alimentos. De acordo com reportagens, a Índia doou 6,5 toneladas de equipamentos médicos e 32 toneladas de suprimentos para desastres. Vários países árabes, a Turquia e Ruanda também entregaram ao Egito itens de ajuda humanitária para os palestinos.
A União Europeia anunciou 75 milhões de euros em ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e planeja criar uma ponte aérea para apoiar os civis no local. A Alemanha e a Dinamarca, que suspenderam sua ajuda ao desenvolvimento dos territórios palestinos após o ataque terrorista de 7 de outubro, também anunciaram recursos. A Dinamarca informou na segunda-feira que forneceria quase 7 milhões de euros, e o governo alemão aumentou sua ajuda emergencial para um total de 123 milhões de euros. Os Estados Unidos prometeram na semana passada 100 milhões de dólares em ajuda para os civis em Gaza.
Qual é o próximo passo na entrega da ajuda?
As agências de apoio humanitário estão pressionando para que as entregas de ajuda a Gaza sejam mantidas em um fluxo contínuo. Isso foi o que o presidente dos EUA, Joe Biden, disse ter acordado com o primeiro-ministro israelense após uma conversa telefônica no domingo.
Porém, Biden alertou que as primeiras entregas seriam vistas como um teste. Se fosse descoberto que o Hamas estava desviando a ajuda para si mesmo, ela seria rapidamente interrompida.
*O Hamas é uma organização islâmica militante e foi eleita em 2006 como a força mais forte do Parlamento palestino. Desde 2007, o Hamas governa a Faixa de Gaza sem nenhum outro mandato democrático. Muitos países, especialmente do Ocidente, classificam o Hamas como uma organização terrorista.
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