A cidade de São José do Rio Preto (SP) é cenário de um dos mais importantes eventos da área da geriatria e gerontologia no interior do estado de São Paulo. A Funfarme promove nesta sexta (21) e sábado (22) o 1º Congresso do Velho Oeste Paulista, no Centro de Convenções da Famerp. O evento reune médicos, estudantes, especialistas e uma equipe multiprofissional para debater os desafios e avanços no atendimento à população idosa.
Entre temas abordados estão a importância da vacinação da população idosa e o papel do profissional de saúde para aumentar a cobertura vacinal. Também será discutido os avanços no tratamento do Alzheimer, com novas drogas já aprovadas pelo FDA e em fase de testes na Anvisa. O congresso aborda ainda a depressão, a sarcopenia e outros desafios relacionados ao envelhecimento.
Outro tema é o papel essencial dos cuidadores e a necessidade de apoio a essas pessoas, que se tornam cada vez mais presentes no contexto familiar.
RELEVÂNCIA
A médica chefe do serviço de Geriatria do Hospital de Base de Rio Preto, Regina Godoy, falou sobre a relevância do evento: “nós somos formadores de profissionais geriatras há 20 anos. É nosso dever enquanto hospital-escola transmitir esses conhecimentos em simpósios como esse, congressos e apresentações de trabalhos científicos. É importante ressaltar que o médico geriatra não trabalha sem uma equipe multiprofissional, pois é ele quem tem esse olhar integral da parte psicossocial desses pacientes. Por isso, precisamos preparar nossos residentes para que aprendam a fisiologia do envelhecimento para atender com ainda mais qualidade o público idoso”, disse.
OBJETIVO
Segundo a presidente do Congresso, a geriatra Ana Carolina Garcia e Garcia, o evento tem o objetivo de oferecer o acesso à atualização científica, uma vez que a maioria dos grandes eventos da área ocorre na capital paulista, o que pode dificultar a participação dos profissionais do interior devido a custos e deslocamento. "Nossa região é um polo importante de conhecimento na geriatria e gerontologia, com instituições como Famerp, Famema, Unesp de Botucatu e Ribeirão Preto, além de faculdades em Fernandópolis e Catanduva. É essencial facilitar o acesso ao conhecimento para os profissionais locais", destacam os organizadores.
A médica reforça ainda a relevância do tema para toda a classe médica. "Todas as especialidades médicas vão lidar e atender pessoas idosas. Por isso, é importante que todos os colegas compreendam as peculiaridades desse público para oferecer um atendimento mais adequado", afirma.
PÚBLICO-ALVO
O evento é voltado para geriatras, gerontólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais da saúde que atuam com idosos. Além disso, médicos generalistas, residentes e acadêmicos de medicina e enfermagem também poderão aprofundar seus conhecimentos sobre a temática.
Diante do envelhecimento da população mundial, a qualificação dos profissionais de saúde torna-se fundamental. O 1º Congresso do Velho Oeste Paulista representa uma oportunidade única de atualização e troca de conhecimento, fortalecendo o compromisso do interior de São Paulo com a excelência no atendimento à pessoa idosa.
COBERTURA VACINAL
A importância do 1º Congresso do Velho Oeste Paulista e do alerta da sua presidente, a geriatra Ana Carolina Garcia e Garcia, ficam evidentes, por exemplo, quando são observados os números da cobertura vacinal contra a Influenza no município de Rio Preto. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o percentual de cobertura caiu pela metade nos últimos cinco anos:
2020: 117,95% - (resultado do medo da pandemia de COVID)
2021: 67,60%
2022: 68,17%
2023: 53,70%
2024: 50,08%
Segundo Dra. Ana Carolina, é fundamental ampliar a cobertura vacinal dos idosos, sobretudo, diante do aumento de pessoas desta faixa etária na população brasileira. “Idosos e a pessoas que cuidam deles lembram-se da vacina contra a gripe, mas há várias outras doenças para as quais eles devem ser imunizados”, ressalta a geriatra.
CALENDÁRIO DO IDOSO OU ADULTO
Hepatite B (iniciar ou completar três doses, de acordo com situação vacinal)
dT (difteria e tétano —a cada dez anos)
Pneumocócica 23 (dois reforços - 60 anos)
Pneumocócica 20 (uma dose - 60 anos)
Herpes zoster (duas doses - 50 anos)
Vírus sincicial respiratório (uma dose - 70 anos)
A geriatra do HB de Rio Preto explica que, ao não ser imunizado, o idoso tem mais risco de contrair, por exemplo, uma pneumonia e sofrerá as consequências não só desta doença, mas impactos em eventuais outros problemas de saúde que possui, por exemplo, diabetes, hipertensão e disfunção renal – comuns nesta faixa etária.
Ao reunir centenas de profissionais de saúde focados no cuidado ao idoso, Dra. Ana Garcia destaca que o Congresso do Velho Oeste Paulista tem papel importante na conscientização da responsabilidade deles. “No relacionamento estreito que estes profissionais têm com o paciente, suas familiares e amigos, eles têm um impacto muito grande ao orientá-los sobre as medidas preventivas e cuidados desta população”, afirma a geriatra.
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