27/08/2023 • 11:31:32

CPMI do 8 de Janeiro quer explicações de Wassef

ESTADÃO CONTEÚDO



Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro querem ouvir o advogado Frederick Wassef sobre a recompra do relógio Rolex avaliado em mais de R$ 300 mil, mesmo ele estando endividado. De acordo com os parlamentares do colegiado, a movimentação financeira de Wassef pode ajudar a esclarecer o que chamam de um "projeto de golpe de Estado", que envolveria o esquema das joias sob investigação.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) afirmou que a CPMI já pretendia chamar Wassef por causa de seu envolvimento no esquema suspeito de desvio e venda ilegal de presentes recebidos por Jair Bolsonaro enquanto ocupava a Presidência. Agora, na avaliação da senadora, a decisão sobre a convocação tende a ser acelerada. "Isso (informação de que Wassef acumula dívidas) nos dá uma pista e reforça a necessidade de ouvi-lo, nos traz mais indícios de que, sim, pode haver algo", disse Soraya.

Atualmente, há seis requerimentos que pedem a convocação de Wassef como testemunha na CPMI do 8 de Janeiro, além de três pedidos de quebra de sigilo - todos na esteira da Operação Lucas 2:12, da Polícia Federal, sobre a venda de joias e presentes no exterior por aliados de Bolsonaro.

"Estamos analisando que muito dinheiro que transitou nesses últimos meses, principalmente após o segundo turno, foi para financiar o golpe de Estado" afirmou Soraya. Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), a reportagem do Estadão reforça a necessidade de o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), colocar em votação os requerimentos.

VIAGEM

Em março deste ano, depois de o Estadão revelar que o governo Bolsonaro tentou trazer, de forma ilegal, joias recebidas do governo saudita, Wassef viajou para Miami, nos Estados Unidos, para recuperar um relógio Rolex doado para o ex-presidente e vendido pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo. Para reaver o item, Wassef teria pago o equivalente a R$ 346.983,60, com o objetivo de entregar o relógio ao Tribunal de Contas da União (TCU), que havia determinado a devolução dos presentes.

"Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República", afirmou o advogado, após ser alvo da Lucas 2:12. Wassef ainda ironizou que "o governo do Brasil" lhe "deve R$ 300 mil" e disse que o resgate do relógio não se deu a pedido de Bolsonaro.

Na semana passada, a PF intimou Wassef, Bolsonaro e outras seis pessoas a prestarem depoimento sobre o caso das joias no próximo dia 31.

Incêndio em residência deixa seis pessoas feridas em Rio Preto

Homem atropelado em Fernandópolis morre após 11 dias internado em Rio Preto

Polícia Civil prende homem por tráfico interestadual em Buritama

Fábrica clandestina de cosméticos é fechada em Araçatuba; homem é preso

Novo Código Disciplinar da Fifa endurece punições em casos de racismo

Mais de 2.500 estudantes do Ensino Médio já foram contratados como estagiários do BEEM

Jair Bolsonaro será ouvido pela PF em inquérito que investiga ações do filho nos EUA

Polícia prende namorado de jovem esfaqueada em Rio Preto

Homem suspeito de aplicar golpe milionário é preso no Rio Grande do Sul

Descontos indevidos do INSS serão ressarcidos até 31 de dezembro

País recebe status internacional como livre de febre aftosa sem vacina

Taxa de desemprego é a menor para o trimestre desde 2012

Compartilhe

© Copyright 2025 SBT Interior - Todos os direitos reservados