Os mercados domésticos iniciam esta quarta-feira (3) com viés negativo, em sintonia com os ativos no exterior, em dia de cautela lá fora e também por aqui. À espera de indicadores econômicos e da ata da mais recente reunião do Federal Reserve, os juros dos títulos americanos avançam, bem como o dólar ante moedas fortes, emergentes e de exportadores de commodities. Nesse ambiente, a moeda americana negociada no Brasil replica o comportamento do ativo no exterior. Internamente, pesam ainda os ruídos políticos envolvendo o Orçamento e as emendas parlamentares.
Na manhã desta quarta, o Banco Central divulgou que o resultado das transações correntes ficou negativo em US$ 1,553 bilhão em novembro. O déficit foi bem maior que o apontado pela mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que projetava um saldo negativo de US$ 500 milhões. Ainda assim, este é o melhor desempenho para meses de novembro desde 2016, quando o saldo foi negativo em US$ 878,5 milhões. Já a entrada de Investimentos Diretos no País (IDP) surpreendeu em novembro e somou US$ 7,780 bilhões. Em outubro, entraram no País apenas US$ 3,306 bilhões em IDP.
O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou avanço em todas as sete capitais pesquisadas na passagem da terceira para a quarta e última quadrissemana de dezembro. No período, o índice passou de 0,18% para 0,29%, encerrando 2023 em 3,55%.
Às 9h50, o dólar à vista era cotado a R$ 4,9265, em alta de 0,22%. O dólar futuro para fevereiro operava perto da estabilidade (+0,03%), aos R$ 4,9430. O DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, subia 0,25%, aos 102,45 pontos.
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