Os Emirados Árabes Unidos aprovaram a solicitação do Brasil e vão extraditar o empresário Thiago Brennand. Ele tem cinco mandados de prisão preventiva decretados no País, sob suspeita de agressão e estupro. As informações são da TV Globo.
O empresário está em Abu Dhabi, capital Emirados Árabes, desde setembro do ano passado. Chegou a ser detido no exterior, mas foi liberado após pagar fiança. Seu atual advogado, Eduardo Cesar Leite, pediu a revogação da prisão nos cinco processos, argumentando que "a mídia brasileira pautou supostos fatos, impondo julgamento antecipado do acusado pelo simples fato de sua viagem aos Emirados Árabes". As solicitações foram negadas na semana passada.
O estopim para as várias denúncias que pairam sobre o empresário foi o caso envolvendo a modelo Helena Gomes, em agosto do ano passado. Brennand foi flagrado por câmeras de segurança agredindo-a dentro de uma academia em São Paulo. A juíza da 6ª Vara Criminal paulistana, Erika Mascarenhas, responsável por este processo, determinou que o acusado entregasse seu passaporte à Justiça. Como ele viajou para os Emirados Árabes, a magistrada decretou a sua prisão preventiva.
Outras mulheres vieram a público incriminar o empresário. Uma delas é a estudante e modelo Stephanie Cohen, que afirma ter sido estuprada. A segunda ordem de prisão de Brennand foi proferida no processo criminal em que ela é vítima.
As outras duas ordens de prisão vêm de um processo em que o empresário é acusado de corrupção de menores, tendo como vítima seu filho, e de uma outra ação, em Porto Feliz, na qual uma mulher afirma que ele a forçou a tatuar à força as iniciais 'T. V.' (sendo o 'V' de 'Vieira', um dos sobrenomes do empresário).
Além dos casos de violência de gênero, Brennand a responde a duas ações criminais por causa de episódios que protagonizou dentro do condomínio em que residia, em Porto Feliz. Ele teria agredido um garçom do restaurante Fasano e o caseiro do empreendimento.
Há uma 5ª ordem de prisão, cujo processo também é segredo de Justiça. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou que, em sua jurisdição, o empresário responde a oito processos criminais.
No dia 17 de março, a polícia apreendeu, em um clube de tiro em Atibaia, mais de 70 armas de fogo que seriam de Brennand. Ele teve seu CAC suspenso e não pode possuir armamentos registrados em seu nome.
Desde que saiu do Brasil, o empresário veio a público somente por vídeos publicados no YouTube, nos quais expõe a sua versão sobre os acontecimentos. "Vão me prender injustamente", lamentou no vídeo do dia 6.
O advogado Leite destacou em nota no início do mês que o empresário teria interesse em voltar ao País para responder as acusações. "A data exata do retorno está dependendo dos trâmites imigratórios."
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