Uma pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) repercutida no fim do ano passado pela Istoé mostrou que 72% dos brasileiros se sentem estressados no trabalho. Também, o estudo revelou que 32% dos brasileiros sofrem de síndrome de burnout, que é o esgotamento mental causado pelo trabalho.
De acordo com a pesquisa, o Brasil é o segundo país do mundo com mais pessoas estressadas, e também o segundo colocado em número de pessoas depressivas e ansiosas. A presidente da ISMA-BR, Ana Maria Rossi, alertou para a necessidade de diferenciar o estresse positivo do negativo e buscar formas de gerenciá-los
Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional 'resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade'. Ou seja, a causa da doença é o estresse e a pressão originados no ambiente de trabalho.
“Os números são alarmantes, requerendo urgência na abordagem de questões relacionadas ao bem-estar no ambiente de trabalho. Do ponto de vista jurídico, é essencial considerar que a legislação previdenciária pode contribuir para proteger os direitos dos trabalhadores nesse contexto, assegurando afastamento aos trabalhadores que padecem desta síndrome e que estão incapacitados para o trabalho”, acrescenta o advogado especialista em direito previdenciário André Beschizza.
Beschizza lembra que o Burnout é considerado uma doença ocupacional e que, portanto, sua prevenção está entre os direitos assegurados ao trabalhador pela CLT. “Assim como na área da saúde, precisamos discutir esses números na área jurídica também. Diante do diagnóstico de Burnout ou outras doenças ocupacionais, o funcionário pode adotar medidas jurídicas para proteger seus direitos”, explica o advogado.
Ele esclarece que o INSS oferece amparo nesses casos, podendo conceder benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, mediante comprovação da relação da doença com o ambiente de trabalho e a incapacidade laboral.
A melhor forma de prevenir o Burnout, segundo o Ministério da Saúde, é com estratégias para diminuir o estresse e a pressão no trabalho. Há uma série de recomendações aos indivíduos de cuidados pessoais que podem ser tomados para combater o estresse, como a prática de atividades físicas.
“A instabilidade econômica e as demissões frequentes contribuem para a sobrecarga dos profissionais, levando a uma predisposição significativa à síndrome. Outro fator muito importante que deve ser levado em consideração é o estilo de vida do brasileiro que vem mudando ao longo das décadas, pois vem adotando um hábito de má alimentação e sedentarismo, o que contribui muito para o desenvolvimento de doenças psiquiátricas”, concorda Beschizza.
Ele alerta, então, para a necessidade de a legislação evoluir para abordar esses desafios e promover ambientes de trabalho mais saudáveis, além de garantir o afastamento remunerado para esses trabalhadores poderem tratar essa síndrome.
A Síndrome de Burnout, se não tratada adequadamente, pode levar até mesmo a depressão profunda. “As empresas devem adotar práticas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, reduzindo a carga de estresse. A conscientização sobre a importância da saúde mental no local de trabalho é um passo importante para criar ambientes mais saudáveis e produtivos”, conclui Beschizza.
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