Quarto colocado no GP da Austrália, realizado no dia 2 de abril, o espanhol Carlos Sainz acabou punido com acréscimos de cinco segundos em seu tempo final e despencou para o 12º lugar. Sentindo-se prejudicada pelo fato de outros pilotos não terem sido penalizados na mesma prova, a Ferrari entrou com recurso e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta sexta-feira que vai reavaliar o caso na próxima terça-feira.
Na segunda relargada da corrida após paralisação e entrada do safety car por grande acidente envolvendo três carros e com quatro abandonos, Sainz e Fernando Alonso disputavam posição na curva 1 quando houve um toque. O piloto da Aston Martin acabou rodando e perdendo oito posições no grid. Mesmo assim, ainda terminou em terceiro.
Sainz cruzou na quarta posição, mas acabou sendo considerado culpado no incidente e por causa dos cinco segundos adicionados ao seu tempo, despencou para 12º, deixando a zona de pontuação.
O espanhol deixou o GP da Austrália bastante revoltado com a punição, segundo ele, "a mais injusta da vida." O próprio Alonso saiu em defesa do piloto da Ferrari, alegando que não houve intenção do toque e que a pena era "muito severa."
Como incidentes envolvendo os novatos Logan Sargeant e Nyck de Vries, e os pilotos da Alpine, Pierre Gasly e Esteban Ocon, ficaram impunes, a Ferrari resolveu entrar com protesto. "A reação dos comissários não foi a mesma para o trio de incidentes", alegou o chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, na semana passada, logo após entrar com o pedido de revisão da pena
Nesta sexta-feira, uma nota dos comissários da FIA confirmou o recebimento de uma carta de Nikolas Tombazis, diretor da entidade, incluindo uma petição anexada da Ferrari no dia 6 de abril, buscando a revisão da decisão da penalidade.
"A Ferrari está solicitando que os comissários considerem tal solicitação e determinem se existe ou não um novo elemento significativo e relevante em relação à decisão/incidente", traz o pedido. Sainz e os representantes da Ferrari vão se apresentar aos comissários para audiência virtual pela manhã no dia 18 de abril, terça-feira.
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