22/07/2023 • 09:01:17
SBT NEWS
O Ministério da Agricultura e Pecuária orientou os estados a declararem emergência zoossanitária devido aos focos de gripe aviária no país. Segundo a pasta, apesar do governo federal já ter decretado a medida por meio de portaria no Diário Oficial da União (DOU) de 22 de maio, é necessário que todas as unidades federativas adotem regras semelhantes para reforçar o combate à doença.
"O estado de emergência já declarado possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais e não governamentais. Os estados e municípios precisam adotar medidas semelhantes para acessar e disponibilizar os recursos a serem aplicados nas ações necessárias, tais como assegurar a força de trabalho, logística e recursos materiais", explicou o ministério.
O primeiro caso de gripe aviária foi registrado no Brasil em maio deste ano. Desde então já foram identificados 50 focos da doença em aves silvestres no país, sendo nos estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Em junho, o governo federal também confirmou o primeiro foco de gripe aviária em aves domésticas, detectado em uma fazenda no Espírito Santo.
Mesmo sem a ocorrência de casos em aves de granjas comerciais destinadas ao consumo, o Brasil vem sentindo os primeiros impactos econômicos. Na última terça-feira (18), por exemplo, o Japão anunciou a suspensão temporária da compra de produtos oriundos do Espírito Santo e de Santa Catarina - cenário visto como preocupante, uma vez que o país é o segundo maior destino de exportações de carne e frango brasileira.
Para diminuir os impactos, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, informou que irá viajar em missão oficial para a Ásia na próxima semana. A ideia é se encontrar com representantes do governo japonês para reafirmar as medidas de segurança sanitária na produção de carnes e frango brasileira. "Estamos adotando prontamente todas as medidas de controle e demonstrando isso para que os consumidores continuem tranquilos e confiantes", disse o ministro.
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