18/04/2023 • 17:02:15

Humanos já usavam drogas alucinógenas há 3 mil anos

ESTADÃO CONTEÚDO



Amostras de cabelo humano encontradas em uma caverna na Espanha foram responsáveis por produzir o que cientistas acreditam ser a evidência mais antiga de consumo de drogas alucinógenas na Europa. A descoberta foi divulgada em estudo publicado recentemente no jornal Scientific Reports, da revista Nature, e revelou que o uso de substâncias psicoativas por seres humanos acontece há, pelo menos, 3 mil anos.

A pesquisa foi realizada a partir de escavações arqueológicas em uma gruta funerária da época da Idade do Bronze, em Menorca, na Espanha, que forneceram fios de cabelo que permitiram aprofundar os estudos sobre os hábitos medicinais e rituais dos habitantes indígenas do Mediterrâneo Ocidental. Os fios estavam em pequenos recipientes cilíndricos de madeira, escondidos em um compartimento interno da gruta.

De acordo com a pesquisa, substâncias que provocam alterações na mente são invisíveis em registros arqueológicos. A presença deste tipo de substância costumava ser comprovada a partir de elementos indiretos, como artefatos possivelmente relacionados à preparação ou consumo de drogas (vasos de cerâmica e pilão de pedra, por exemplo), além de restos botânicos de plantas medicinais.

As amostras utilizadas no estudo testaram positivo para uma série de compostos derivados de plantas, especificamente atropina, escopolamina e efedrina. A atropina e a escopolamina integram o grupo das drogas delirantes. O uso das substâncias provoca confusão mental, alucinações, desorientação, alteração da percepção sensorial e desorganização comportamental. Já a efedrina provoca sensações semelhantes às da adrenalina, como excitação, aumento do estado de alerta e redução da fadiga.

A explicação para os fios permitirem a identificação das substâncias é a incorporação das drogas a partir da raiz do cabelo. Segundo o estudo, à medida que as substâncias químicas circulam pelo sangue, elas são incorporadas na matriz capilar, e a análise do material possibilita um histórico da exposição de um indivíduo às substâncias.

Essa investigação do histórico pode ser de semanas a meses, a depender do comprimento do cabelo. No caso das amostras estudadas na pesquisa, a análise indicou o consumo em um período de quase um ano. Dessa maneira, foi possível concluir que a ingestão de drogas ocorreu ao longo do tempo, antes da morte dessas pessoas.

Famerp abre inscrições para Residência Multiprofissional e Uniprofissional 2026

Funfarme lança maior projeto de telessaúde do interior paulista

Jovem é preso após disparo acidental atingir namorada em Rio Preto

Polícia Civil e GAECO investigam suspeita de bebidas adulteradas com metanol em Araçatuba

Pesquisadores da Famerp estão entre os mais influentes do mundo

Homem agredido em posto de combustíveis tem morte cerebral em Votuporanga

Mulher morre em engavetamento na BR-153 em Rio Preto

Teatro Municipal recebe a segunda edição do Empreende 2.0 em Rio Preto

Autoridades participam da entrega de apartamentos para famílias em São José do Rio Preto

Hospital Unimed São Domingos inaugura nova Maternidade nesta semana

Dentista denuncia perseguição e ameaças com fotos íntimas em Rio Preto

Corpos de homens que saíram de Rio Preto para cobrar dívida no PR são encontrados

Compartilhe

© Copyright 2025 SBT Interior - Todos os direitos reservados