30/12/2023 • 11:40:00

Indústria, construção civil e prefeitos rejeitam MP que eleva a arrecadação

ESTADÃO CONTEÚDO

A publicação da medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamento para 17 setores que mais empregam no País provocou críticas e protestos de pesos-pesados do setor produtivo e de prefeitos. A decisão, no último dia útil do ano, pode afetar o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) e aumentar o desemprego, conforme entidades de classe. Além disso, segundo representantes de associações de classe, contraria e desrespeita o Congresso, que havia prorrogado a desoneração até 2027.

A MP foi anunciada na quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e publicada ontem no Diário Oficial da União. São três medidas que, segundo o ministro, irão manter o Orçamento de 2024 equilibrado. Além da reoneração gradual da folha de pagamentos, a MP prevê a limitação das compensações tributárias decorrentes de decisões judiciais e a retomada da tributação sobre o setor de eventos.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) chamou a MP de "equívoco" ao reformar, sem diálogo prévio com o setor produtivo, uma lei promulgada pelo Congresso. "Este caminho para buscar o equilíbrio das contas públicas é absolutamente inapropriado tanto pela forma quanto pelo desrespeito à autonomia legislativa", disse a entidade em nota. "A questão deveria estar pacificada, pois decorre de lei que o Executivo vetou e o Congresso derrubou o veto."

Para a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), é "lamentável" que, para atingir a meta de zerar o déficit das contas públicas, o governo onere o setor produtivo e não torne os gastos públicos mais eficientes. "A reoneração, ainda que gradual, da folha de pagamentos por MP coloca em risco milhares de empregos. Diversos estudos demonstram que a política pública de desoneração da folha contribuiu para o aumento no PIB, no emprego e nas exportações", disse a entidade.

Para o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), o anúncio da MP no mesmo dia da promulgação da lei que estendeu até 2027 a desoneração desrespeitou o Legislativo. A entidade disse que a medida vai afetar o próprio governo federal nas obras públicas de infraestrutura e habitação - no Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), "a MP retira uma importante conquista, que representaria economia de R$ 11 bilhões ao ano para os orçamentos municipais".

Ontem, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a MP causou "estranheza" e vai analisar o teor legal da medida.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou as reações. "É natural que tanto setores quanto parlamentares se posicionem", disse Padilha à CNN Brasil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Revelando SP divulga programação completa para edição de Presidente Prudente

Quatro homens são presos por tráfico de drogas em operação da Polícia Civil em Santo Anastácio

Homem é baleado com três tiros no peito durante madrugada em Penápolis

Hospital de Base de Rio Preto capacita profissionais em Araçatuba para fortalecer a doação de órgãos

GS Inima SAMAR inicia obras de melhorias no sistema de esgoto da avenida Odorindo Perenha

Motorista morre em acidente de trabalho após ser atingido por reboque em Presidente Prudente

Polícia Civil prende homem suspeito de abuso sexual contra a filha em Tupi Paulista

Mais de 2 mil mulheres vítimas de violência são atendidas com auxílio-aluguel em São Paulo

Governo de SP lança edital do Programa Moradia Segura para policiais e agentes de segurança pública

Procon-SP nova cartilha para orientar consumidores na proteção de seus dados pessoais

Estado de SP cria 520 mil empresas nos últimos 12 meses

Mega-Sena acumula e prêmio principal vai para R$ 55 milhões

Compartilhe

© Copyright 2025 SBT Interior - Todos os direitos reservados