Uma dor de cabeça insistente, tonturas e mal-estar. Esses foram os primeiros sintomas percebidos pela dona de casa Maria Célia Tognon, de 56 anos, em agosto do ano passado. Em menos de um mês, ela passou a sentir dificuldades para falar, engolir e respirar. Em seguida, vieram as convulsões violentas e ela precisou ser internada.
Maria Célia estava internada na Santa Casa de Penápolis quando morreu, no dia 23 de março deste ano. O corpo foi encaminhado para São José do Rio Preto (SP), onde foram retiradas amostras do tecido cerebral, que foram encaminhadas para o Instituto Estadual do Cérebro, com sede no Rio de Janeiro (RJ).
Na última quinta-feira (25), o laudo foi divulgado e o sbtinterior.com teve acesso ao documento, que indicou como causa da morte “encefalopatia espongiforme por príon, Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ”.
O nome se refere a uma das doenças que fazem parte de um grupo conhecido popularmente como “mal da vaca louca”. A informação foi confirmada pelo neurocirurgião Marcus Vinícius Semedo, um dos médicos que atendeu Maria Célia. Pelo menos outros dois médicos que examinaram a paciente também chegaram ao mesmo diagnóstico.
CAUSA ESPORÁDICA
A doença é causada pela proteína priônica, um agente infeccioso menor do que um vírus, formado apenas por proteínas altamente estáveis e resistentes. No caso de Maria Célia, o exame indicou se tratar da forma esporádica da doença, que tem incidência mundial entre um e dois casos para cada um milhão de habitantes, e que não tem a fonte de contaminação conhecida.
Porém, o exame não descartou completamente a possibilidade de se tratar de um caso de variante, que é ligado diretamente ao consumo de carne bovina. Segundo o laudo, “não há critérios diagnósticos definitivos histológicos nem imuno-histoquímicos para a nova variante”.
Apesar do resultado, a família pretende acionar na Justiça o Ministério da Agricultura e órgãos responsáveis pelo rastreamento de doenças transmitidas pelo consumo de animais. De acordo com o filho da paciente, Danilo Marques, de 29 anos, “a morte dela não pode ter sido em vão. Os responsáveis precisam rastrear esses casos e evitar que outras pessoas se contaminem. Eu não desejo para ninguém passar pelo que a minha família passou. É um sofrimento muito grande”, afirma. Maria Célia deixou, ainda, uma filha de 34 anos.
VIGILÂNCIA
Desde 2005, a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) integra a lista das doenças de notificação compulsória, ou seja, as autoridades de Saúde são obrigadas a informar o Ministério da Saúde sobre novos casos.
A vigilância da DCJ tem como objetivo conhecer o perfil epidemiológico da doença, com foco na identificação de possíveis casos variantes (ligados à carne contaminada), definir medidas de prevenção e biossegurança e orientar condutas clínicas e laboratoriais.
Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, entre 2005 e 2014, 55 casos de DCJ foram registrados no Brasil. Porém, nenhum caso variante foi confirmado.
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