26/05/2023 • 23:00:00

​​Laudo confirma ​morte de mulher por doença da vaca louca em Penápolis

PATRÍCIA MACHADO - ARAÇATUBA



Uma dor de cabeça insistente, tonturas e mal-estar. ​​Esses foram os primeiros sintomas percebidos pela dona de casa Maria Célia Tognon, de 56 anos, em agosto do ano passado.​ ​Em menos de um mês, ela passou a sentir dificuldades para falar, engolir e respirar. Em seguida, vieram as convulsões violentas e ela precisou ser internada.

Maria Célia estava internada na Santa Casa de Penápolis quando ​morreu, no dia 23 de março deste ano. O corpo foi encaminhado para São José do Rio Preto​ (SP)​, onde foram retiradas amostras do tecido cerebral, que foram encaminhadas para o Inst​​ituto Estadual do Cérebro, com sede no Rio de Janeiro​ (RJ)​.

Na última quinta-feira (25), o laudo foi divulgado e o sbtinterior.com teve acesso ao documento, que indicou como causa da morte​​ “encefalopatia espongiforme por príon, Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ”.

O nome se refere a uma das doenças que fazem parte de um grupo conhecido popularmente como “mal da vaca louca”. A informação foi confirmada pelo neurocirurgião Marcus Vinícius Semedo, um dos médicos que atendeu Maria Célia. Pelo menos outros dois médicos que examinaram a paciente também chegaram ao mesmo diagnóstico.

CAUSA ESPORÁDICA

A doença é causada pela proteína priônica, um agente infeccioso menor do que um vírus, formado apenas por proteínas altamente estáveis e resistentes. No caso de Maria Célia, o exame indicou se tratar da forma esporádica da doença, que tem incidência mundial entre um e dois casos para cada um milhão de habitantes, e que não tem a fonte de contaminação conhecida.

Porém, o exame não descartou completamente a possibilidade de se tratar de um caso de variante, que é ligado diretamente ao consumo de carne bovina. Segundo o laudo, “não há critérios diagnósticos definitivos histológicos nem imuno-histoquímicos para a nova variante”.

Apesar do resultado, a família pretende acionar na Justiça o Ministério da Agricultura e órgãos responsáveis pelo rastreamento de doenças transmitidas pelo consumo de animais. De acordo com o filho da paciente, Danilo Marques, de 29 anos, “a morte dela não pode ter sido em vão. Os responsáveis precisam rastrear esses casos e evitar que outras pessoas se contaminem. Eu não desejo para ninguém passar pelo que a minha família passou. É um sofrimento muito grande”, afirma. Maria Célia deixou, ainda, uma filha de 34 anos.



​VIGILÂNCIA

Desde 2005, a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) integra a lista das doenças de notificação compulsória, ou seja, as autoridades de Saúde são obrigadas a informar o Ministério da Saúde sobre novos casos.

A vigilância da DCJ tem como objetivo conhecer o perfil epidemiológico da doença, com foco na identificação de possíveis casos variantes (ligados à carne contaminada), definir medidas de prevenção e biossegurança e orientar condutas clínicas e laboratoriais​.

Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, entre 2005 e 2014, 55 casos de DCJ foram registrados no Brasil. Porém, nenhum caso variante foi confirmado.

Penas mais duras para crimes em escolas entram em vigor

Festas juninas arrecadam quase R$ 150 mil para entidades assistenciais de Araçatuba

Dois morrem após queda de avião em Rio Preto

Prefeitura de Rio Preto demite médica Merabe Muniz da rede municipal de Saúde

Homem morre esfaqueado após briga por aluguel em Rio Preto

Moradora de Rio Preto cai no golpe do falso advogado e perde R$ 2,6 mil

Homem é preso por tráfico de drogas em Mira Estrela durante ação da Polícia Civil

Desemprego recua para 6,2% em maio, o menor para o período desde 2012

Homem é preso e menor apreendido com mais de 400 kg de maconha em Presidente Prudente

Polícia Civil apreende mais de 2 mil comprimidos de ecstasy em casa na zona sul de Rio Preto

De Rio Preto ao Rio: jovem realiza sonho de estudar Ciência de Dados

Polícia Civil apreende 55 kg de drogas e prende suspeito na zona norte de Rio Preto

Compartilhe

© Copyright 2025 SBT Interior - Todos os direitos reservados