O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse na noite desta quinta-feira, 15, que a operação feita pela Polícia Federal em seu gabinete é uma "tentativa de intimidação" capitaneada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O parlamentar também desafiou o magistrado. "Se eu fui incluído como um possível suspeito de um ato antidemocrático, o ministro precisa ser incluído também, porque ele que me pediu para ir a essa reunião", disse em entrevista à GloboNews.
A reunião à qual o senador se refere é um suposto encontro, convocado por Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira, no qual eles pretendiam organizar um golpe de Estado. Do Val diz que foi aconselhado por Moraes a comparecer, com o objetivo de obter informações.
O senador comparou a situação que está passando com uma "emboscada" arquitetada pelo ministro. "É como se eu dissesse para você: ‘Olha, vai lá onde está vendendo droga, me diz o que está acontecendo’. E depois você volta, e eu te incluo no inquérito dizendo que você é traficante", disse durante a entrevista.
Em fevereiro, Moraes confirmou que de fato ouviu a trama relatada pelo senador, mas que o parlamentar teria se recusado a formalizar denúncia. O episódio foi classificado pelo ministro de "ridículo" e comparado a uma "operação Tabajara". Do Val é investigado pelos crimes de divulgação de documento confidencial, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Nesta quinta, Do Val admitiu ter mentido para a imprensa, usando de uma estratégia que ele chamou de "persuasão". "Desde a Segunda Guerra Mundial isso é usado, para ter engajamento da imprensa para mandar as mensagens que eu precisava mandar, que era para os ministros", disse o senador.
Durante a operação desta quinta, que vasculhou o gabinete do senador, apreendeu seu celular e bloqueou as suas redes sociais, Do Val teria se negado a prestar depoimento. Ele disse que a equipe jurídica do Senado vai cuidar de seu caso, porque "houve uma invasão, uma irregularidade".
De acordo com o senador, no depoimento que ele já havia prestado no bojo das investigações a que responde na Polícia Federal, é que está "a versão verdadeira, com detalhes até da roupa que todo mundo estava usando. O que foi dito para a imprensa não era nada oficial. Eu usei a estratégia da persuasão".
Nas redes sociais, Do Val vinha acumulando publicações nas quais acusa Moraes, Lula e Flávio Dino de terem prevaricado de propósito, em conluio, para armar uma "emboscada" para os manifestantes dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro em Brasília. Na entrevista desta quinta, o senador reiterou suas publicações e disse que tinha em seu gabinete "documentos que colocam o STF e o TSE na lista da Abin", aos quais Moraes queria ter acesso. "Estou enfrentando um sistema enorme sozinho, porque os outros senadores recuaram", disse o senador.
Cartilha dá dicas para não cair em golpes na Black Friday
Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bi por ano
Duas em cada 10 brasileiras já sofreram ameaça de morte de parceiros
Tentativa de furto de ambulância causa prejuízos à saúde em Rubinéia
Hemocentro alerta sobre redução da oferta de sangue nesta época do ano
Prefeito eleito de Presidente Prudente anuncia secretariado
Polícia prende jovens com drogas, em São José do Rio Preto (SP)
Homem é multado em R$ 2,4 mil por ter em depósito mais de 2.000 quilos de carvão sem nota fiscal em Epitácio
Homem é multado em R$ 2 mil por manter aves e uma jiboia em cativeiro, em Paulicéia
Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 18 milhões
Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil é lembrado neste sábado
Virginia posta decoração de Natal inspirada na família
Compartilhe