O autor do feminicídio que vitimou Beatriz Ribeiro Rocha de Freitas, de 25 anos, em Bálsamo, na região Metropolitana de São José do Rio Preto (SP) se entregou à Polícia Civil na tarde da quarta-feira (3/4).
Fernando Rodrigues da Silva, de 44 anos, estava foragido desde a madrugada do crime, no dia 29 de março, sexta-feira Santa. Ele teria atirado duas vezes contra o rosto da mulher; os disparos atingiram a testa e o nariz da vítima.
O homem foi ouvido pela Polícia Civil na tarde de ontem (3) e confessou o crime, depois, Fernando foi levado para a carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC) de Rio Preto.
A arma usada no feminicídio foi encontrada pelos investigadores em um lago, onde foi descartada por Fernando. O armamento foi apreendido e será periciado.
(Divulgação/ Polícia Civil)
A vítima era casada com o feminicida e teve um filho dois anos com ele.
Feminicídio
De acordo com o boletim de ocorrência, Beatriz foi encontrada morta na cozinha da área externa da casa em que morava com o marido e o filho, caída no chão e com muito sangue na região da cabeça. A irmã do suspeito estava sentindo falta do casal e foi até a base da Polícia Militar para pedir apoio para ir na casa dos dois. A perícia apontou que a vítima tinha ferimentos provocados por disparos de arma de fogo de calibre pequeno.
Uma mulher informou aos militares que o suspeito ficou em uma lanchonete com o filho de dois anos até pouco mais da meia-noite. Depois ele foi para a casa e teve uma briga com Beatriz. O homem ligou para a testemunha contando que foi "mandado embora de casa" e foi até a mulher; os dois retornaram na residência do casal para pegar o menino. O suspeito trocou de roupas e a dupla levou a criança.
O marido de Beatriz ainda pediu para a mulher que o acompanhava, que ficasse cuidando do garoto. Ela o deixou em um ponto em uma rodovia, onde um motorista iria pega-lo para que os dois levassem um caminhão (o serviço já fazia parte da rotina do suspeito).
Depois disso, ela não conseguiu mais contato com ele. Quando amanheceu, a mulher ligou para uma filha dele, do primeiro casamento, e pediu para que ela buscasse o irmão.
A testemunha disse aos policiais que só soube do caso após o encontro do corpo de Beatriz, porque o suspeito não havia comentado com ela sobre o crime.
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