18/08/2023 • 08:33:16

Mauro Cid vai confessar esquema das joias e dizer que Bolsonaro foi o mandante, diz revista

ESTADÃO CONTEÚDO


O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL), deve confessar que vendeu as joias recebidas pelo ex-chefe em agendas oficiais, transferiu o dinheiro para o Brasil e entregou os valores em espécie para Bolsonaro. A informação foi confirmada pelo advogado criminalista Cezar Bitencourt para a revista Veja. Durante a semana, o advogado, que acabou de assumir a causa, deu sinalizações nesse sentido.

As tentativas de vender as joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo da Arábia Saudita para o então presidente e Michelle Bolsonaro.

Cid estaria disposto a dizer que participou da venda de joias que foram dadas a Bolsonaro como presentes, mas não poderiam ser comercializada por se tratarem de um bens públicos. Conforme a revista, o ex-braço direito do presidente vai confirmar em depoimento que ajudou na venda dos objetos de luxo nos Estados Unidos e entregou os valores a Bolsonaro.

O militar vai justificar que cumpria ordens diretas do ex-chefe do Executivo e vai apontá-lo como mandante do esquema. "Resolve lá", era a ordem dada pelo então presidente para seu auxiliar, o que incluía a venda e o repasse do dinheiro ilegal para Bolsonaro, segundo o advogado.

"A questão é que isso pode ser caracterizado também como contrabando. Tem a internalização do dinheiro e crime contra o sistema financeiro", disse Bitencourt para a Veja. "Mas o dinheiro era do Bolsonaro", acrescentou.

Bitencourt disse que pretende se reunir em breve com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar da confissão do seu cliente. A intenção é que ela sirva como um atenuante na hora da definição da punição de Cid.

De acordo com o artigo nº 65 do Código Penal Brasileiro, a confissão espontânea a uma autoridade, como a que a defesa de Cid pretende fazer, sempre deve dar ao réu o direito de diminuição da pena.

Na quarta-feira, 16, um dia após se tornar advogado de Cid, Cezar Bitencourt já havia dado indícios de que a linha de defesa seria mostrar que o tenente-coronel apenas cumpria ordens, até mesmo "ilegais e injustas".

"Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria e muito grave. Exatamente essa obediência a um superior militar é o que há de afastar a culpabilidade dele. Ordem ilegal, militar cumpre também. Ordem injusta, cumpre. Acho que não pode cumprir é ordem criminosa", disse o advogado, em uma entrevista concedida a um canal de televisão por assinatura.

Dois terços dos brasileiros moram em ruas arborizadas

Empresas têm até 31 de maio para se cadastrar no BEEM e contratar estagiários da rede estadual

Saiba como funciona o SinPatinhas, novo RG Animal para cães e gatos

Mais de 1 milhão de veículos devem passar pela Marechal Rondon durante o feriado prolongado

Cerca de 5 milhões de veículos devem circular pelas rodovias concedidas durante os feriados de Páscoa e Tiradentes

Fuvest tem inscrições abertas para simulado de redação 2025

Projeto em Presidente Prudente transforma latas de aerossol em arte e educação ambiental

Dois passageiros são presos com quase 9 kg de pasta base de cocaína em ônibus na Raposo Tavares

Novo bairro da Pacaembu em São José do Rio Preto contará com 879 moradias

Condenado por tráfico e solto há menos de 30 dias é preso com mais de 400 kg de maconha em Votuporanga

Polícia Rodoviária prende bolivianos com mais de 52 kg de cocaína em ônibus na SP-294, em Pacaembu

Quadrilha do interior de SP é alvo de operação por fraude milionária em banco digital

Compartilhe

© Copyright 2025 SBT Interior - Todos os direitos reservados