07/12/2024 • 09:39:00
Comunicação HCM
Francisco Kaio, um garoto de 8 anos de Fortaleza, surpreendeu a equipe médica e seus familiares ao homenagear o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto, onde realizou um transplante de medula óssea em 2023. Em um gesto de carinho, Kaio reproduziu o hospital no jogo Minecraft, destacando os detalhes da estrutura e, especialmente, as janelas que ele considera o ponto mais bonito do local.
A história de Francisco começou em 2018, quando surgiram os primeiros sintomas de uma doença desconhecida. Começaram a aparecer em seu corpo, que gradualmente se espalharam para a barriga, acompanhadas de febres constantes. O diagnóstico de leucemia foi feito e, desde então, Kaio iniciou o tratamento em Fortaleza, onde permaneceu até 2022, quando a doença voltou e a única alternativa foi o transplante de medula óssea.
Sem opções para o procedimento em Fortaleza, a família recebeu a indicação de um hospital em São José do Rio Preto, por meio de uma amiga da mãe de Francisco Maria Tatiane de Souza. "Uma amiga me falou sobre o HCM, que era um lugar maravilhoso, e decidimos vir. Realmente, o hospital é excelente. Fomos muito bem recebidos pela equipe, que nos apoiou em todo o processo", conta Maria Tatiane, mãe de Francisco.
O procedimento ocorreu em 2023, com o pai de Francisco sendo o doador da medula óssea. Após o transplante bem-sucedido, Francisco permaneceu internado por um mês. Durante sua estadia, ele desenvolveu uma conexão especial com o hospital, o que motivou sua homenagem virtual.
"Eu fiz o hospital no Minecraft porque ele é muito bonito. As janelas são o que eu mais gosto", revela Francisco, que dedicou entre quatro e dez dias para construir o hospital no jogo, com base nas fotos que sua mãe mostrou e na memória do que ele viu durante sua internação. “Às vezes, eu construía sem olhar as fotos, mas lembrava de como era e ia fazendo. O pessoal aqui é muito atencioso e o hospital é ótimo", completou o garoto.
A mãe, emocionada, relata que o apoio da equipe multidisciplinar, incluindo a Dra. Laila, foi essencial para o sucesso do tratamento de Francisco. “A Dra. Laila Rigolin é uma pessoa maravilhosa, assim como toda a equipe. Eles cuidaram muito bem do Francisco e nós nos sentimos em casa. O hospital fez toda a diferença na recuperação dele", disse Maria Tatiane.
O Dr. João Victor Feliciano, líder do setor de Transplante de Medula Óssea da Funfarme ressaltou a importância dos cuidados com os pacientes que vêm de diversos estados do Brasil para o HCM. “Aqui no setor de Transplante de Medula Óssea da Funfarme, recebemos pacientes tanto crianças quanto adultos de todo o Brasil, e temos muito orgulho de oferecer uma assistência de qualidade, sempre respeitando as culturas e os regionalismos de cada um. O nosso trabalho é realizado por uma equipe multiprofissional, que tem como objetivo humanizar o cuidado, acolhendo as famílias com todo o carinho e fazendo com que se sintam em casa durante esse momento delicado, que exige muito esforço e dedicação.
Ele ressaltou ainda o processo após a realização do transplante. “Sabemos que o processo de transplante envolve um acompanhamento contínuo e de longo prazo, o que exige que os pacientes e seus acompanhantes permaneçam em Rio Preto para garantir a continuidade do tratamento. Para apoiar essas famílias, contamos com casas de apoio parceiras, que oferecem ambientes de convivência para pacientes e acompanhantes que estão passando por essas situações difíceis. Ficamos imensamente felizes quando os pacientes, como o Francisco Kaio, nos reconhecem e fazem gestos tão singelos, mas de grande valor, como essa homenagem ao HCM. Em nome de toda a equipe do Transplante de Medula Óssea, gostaria de agradecer, especialmente à Dra. Laila e à Dra. Nayana, médicas pediatras que cuidaram de Francisco, pelo carinho e dedicação ao longo de todo o tratamento. Agradecemos de coração por esse gesto de carinho e reconhecimento que ele demonstrou tanto a nós quanto à nossa instituição. ” disse Dr. João Victor Feliciano.
Francisco Kaio e sua família seguem de volta para Fortaleza onde continuam o tratamento e consultas e retornarão ao HCM com uma frequência mais espaçada apenas para o acompanhamento ao longo do tempo.
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