14/02/2024 • 14:30:00

Pastor é condenado por incitar violência contra crianças

AGÊNCIA BRASIL



O pastor Leandro Rafael Cezar foi condenado por incitação ao crime, devido a um vídeo em que orienta os pais a baterem em crianças. A condenação a quatro meses de prisão em regime aberto foi determinada pelo juiz Luiz Guilherme Cursino Santos, da comarca de Pindamonhangaba, no interior paulista.

O líder religioso deverá ainda pagar indenização de R$ 10 mil por danos morais coletivos. A multa será revertida, segundo a decisão, para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Pindamonhangaba.

Em vídeo veiculado pela rede social Tik Tok, o pastor Cezar usa uma interpretação do livro bíblico dos Provérbios para defender os castigos físicos contra crianças. “‘Pastor, mas eu bati.’. Mas bateu de que jeito? Tapa em cima da fralda? Você faz a criança rir e não sofrer. A vara tem que fazer doer, mas não é para espancar”, diz o trecho do vídeo transcrito no processo.

“Tem que sair mancando”

“Se a Bíblia diz que a vara tem que ser usada e ela tem que infligir dor, é necessário haver um limite também, é claro. E qual é o limite que a Escritura coloca? Provérbios 19:18: ‘Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá- lo’. Ou seja, bata, bata, bata e começou a querer morrer, você para. É o texto que diz. Vocês riem? É o texto que, é claro né, há exagero isso aí que eu falei. Mas há um limite e o limite é não se exceder a ponto de matá-lo. É pra você ver que é necessário que haja dor! Haja dor mesmo! Daí tá lá, é, você tem que dar varada no seu filho, meu irmão, depois que ele apanhou das varadas lá, ele tem que sair mancando, senão não tem graça”, enfatiza o líder religioso da Igreja Resgatar na publicação na rede social.

Na decisão, o juiz destaca que Cezar confirmou ter feito o sermão em uma série de pregações em que “falou sobre a importância dos pais amarem os filhos”. No entanto, segundo o magistrado, o pastor admitiu que “usou palavras que excederam, de forma exagerada, a liberdade de expressão religiosa” e que retirou a publicação do ar logo que foi notificado pelo Ministério Público.

Na avaliação do magistrado, o pastor incitou “à prática de maus-tratos contra crianças de tenra idade”, com o agravante das declarações terem sido feitas pelas redes sociais, “com potencial para atingir um número indeterminado de pessoas, em qualquer parte do mundo”.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o pastor e com sua defesa e aguarda resposta.

7ª Unimed Run bate recorde de inscrições e consolida evento como referência regional

Incêndio destrói cooperativa de recicláveis em Ilha Solteira; fumaça foi vista a quilômetros

Elyezer Montenegro Magalhães será duplicada entre Araçatuba e Aracanguá: obra de R$ 64 milhões

Veículo que transportava pacientes de Guararapes sofre acidente em José Bonifácio

Operação Hawala mira organização que lavava dinheiro em cripto e movimentou R$ 1 bilhão

SP lidera em ranking de inovação no país

Protocolo Não se Cale completa 2 anos com mais de 100 mil inscritos e 60 mil profissionais capacitados em SP

SP abre inscrições para Curso Básico de Libras com aulas ao vivo

Veja as 50 cidades campeãs de emprego em julho e no ano

Leilão do Túnel Santos-Guarujá terá dois grupos estrangeiros

China propõe nova ordem mundial ao lado da Rússia e da Índia

Veja como PGR liga Bolsonaro aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Compartilhe

© Copyright 2025 SBT Interior - Todos os direitos reservados