19/11/2024 • 15:41:00
ESTADÃO CONTEÚDO
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) a Operação Contragolpe, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário. De acordo com a PF, o grupo utilizou conhecimentos técnico-militares avançados para coordenar e executar as ações ilícitas entre novembro e dezembro de 2022.
Os investigados, em sua maioria militares com formação em Forças Especiais, elaboraram um plano operacional chamado "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato dos então eleitos Presidente e Vice-Presidente da República no dia 15 de dezembro de 2022. Segundo as investigações, também estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que era monitorado pelo grupo.
A PF informou que o planejamento detalhava o uso de recursos humanos e bélicos, técnicas operacionais avançadas e a criação de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", formado pelos próprios envolvidos, para gerir os conflitos gerados pelo golpe.
Nesta terça-feira, policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, além de 15 medidas cautelares, que incluem a proibição de contato entre os investigados, suspensão do exercício de funções públicas e entrega de passaportes. As ações foram realizadas nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, com acompanhamento do Exército Brasileiro.
Os crimes investigados incluem, em tese, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e formação de organização criminosa. A PF segue aprofundando as apurações sobre o caso.
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